Mirando a prática de crimes cometidos virtualmente por aliados do Governo e até por parlamentares, os senadores da CPI da Pandemia solicitaram à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal a concessão de dois policiais civis da Delegacia Especializada de Crimes Cibernéticos para auxiliar nas investigações. No entanto, o pedido foi negado. Mas, segundo afirma o jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, a cúpula da CPI já tem um “plano B”.
A alternativa é recorrer a dois agentes da Polícia Federal que atuaram na CPMI das Fake News do Congresso Nacional e que possuem experiência na área de crimes cibernéticos. Os trabalhos do CPMI estão suspensos desde o início da pandemia, em março de 2020.
Esse “intercâmbio” de agentes da PF entre as comissões será possível após o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentar, de forma silenciosa, um requerimento solicitando “cooperação e colaboração da equipe técnica” da CPMI das Fakes News. Esse requerimento já possibilitou que o delegado da PF, Carlos Eduardo Sobral, especialista em crimes cibernéticos, começasse a ajudar a CPI. Sobral é o delegado designado pela Polícia Federal para auxiliar a CPMI. Ele chegou a Brasília no início desta semana.
Além disso, chegaram à Comissão documentos que mostram a ação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em páginas de ataques a adversários do governo. A atividade de Eduardo foi revelada em quebra de sigilo da Claro. Nos documentos, são listados nomes de pessoas que operaram páginas, perfis ou grupos de mensagens que defendem o governo e publicam contra adversários de Jair Bolsonaro.
A entrega do material foi feita pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), na última quinta-feira (1º). Segundo Frota, as pessoas identificadas no processo estariam usando o mesmo sistema para atacar a CPI.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba