As denúncias envolvendo diretamente Verônica Allende Serra, a filha mais velha de José Serra, em lavagem de dinheiro e administração de contas no exterior levaram o ex-governador e hoje senador a enfrentar um processo de depressão.
Desde que fotografias do passaporte dela apareceram como relativas à administradora de uma conta na Suíça abastecida com dinheiro de propina depositado pela Odebrecht, segundo a delação de executivos da empreiteira, Serra perdeu a vitalidade de sempre.
O senador chegou a fazer um tratamento para deixar de tomar remédios para dormir, que estavam abalando sua saúde.
De acordo com amigos íntimos, Serra, que costumava telefonar até com insistência para comentar fatos da política, passou a desaparecer do radar deles com frequência.
Os longos períodos de silêncio se alternam hoje com conversas em que Serra fala baixo, sem entusiasmo e demonstrando tristeza e aborrecimento.
Jornalistas que mantinham contato frequente com ele perceberam a mesma mudança de atitude.
Os sinais de abatimento já apareceram quando ele assumiu o Ministério das Relações Exteriores, no governo de Michel Temer, em 2016 -período em que a Operação Lava Jato estava no auge e revelou as contas no exterior administradas por Verônica.
Serra parecia alheio aos assuntos da pasta e acabou deixando o cargo, substituído pelo tucano Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
Já Verônica Serra, que era figura frequente em eventos sociais, também passou a levar uma vida mais discreta.
A Operação Lava Jato deflagrou nesta sexta (3) várias ações de busca e apreensão em endereços ligados ao senador e à sua filha.
Fonte: Notícias ao Minuto
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