
O delegado sergipano Osvaldo Resende Neto, indiciado por homicídio qualificado e fraude processual no inquérito que investigou a morte do advogado paraibano Geffesson de Moura Gomes, foi nomeado na última sexta-feira (28), como presidente da recém constituída Comissão Permanente de Avaliação e Alienação de Bens em Sergipe.
A nomeação foi feita pelo secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy, e publicada na edição do Diário Oficial desta segunda-feira (31). Além de Osvaldo, o delegado Jonathas Evangelista, e os agentes da Polícia Civil Luiz Henrique, Alessandro Ribeiro e Cátia Simone também foram nomeados para compor a comissão.
A comissão prevista em lei (7.560/1986), atende a uma política da Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad), do Governo Federal. Conforme apurado pelo Portal Fan F1, ela tem como responsabilidade gerir os valores de apreensão do bem móvel ou pelo evento que der origem a sequestro de bem imóvel em ocorrências relacionadas ao tráfico de drogas. A Polícia fica com 20% a 40% dos recursos provenientes da alienação dos respectivos bens.
Esse é o primeiro ato administrativo envolvendo o nome do delegado Osvaldo Resende desde que ele deixou a prisão, após decisão judicial, no dia 22 de abril.
Geffesson morreu durante uma abordagem policial comandada pelo delegado Osvaldo Resende
Osvaldo e outros dois policiais foram indiciados há cerca de 40 dias e chegaram a ficar presos temporariamente, enquanto as investigações eram conduzidas pela polícia paraibana. Os três são acusados de executarem o advogado, no dia 16 de março deste ano, durante uma operação da Polícia Civil de Sergipe, no Sertão da Paraíba. O advogado Geffesson de Moura Gomes teria sido confundido com um alvo identificado como Luiz Henrique Cunha Carvalho, e foi atingido com oito tiros, morrendo no local da abordagem.
Na ocasião, os policiais envolvidos haviam montado uma blitz e aguardavam a passagem de um traficante interestadual de drogas.
SSP/SE
Por meio de nota, a Polícia Civil reafirmou que o delegado Osvaldo Resende foi nomeado em uma comissão, sem qualquer tipo de remuneração extra, cujo objetivo é recadastrar bens apreendidos em razão da prática do crime de tráfico de drogas e que se encontram em depósitos e pátios.
“Essa comissão, criada também em todas as unidades da Federação, serve para subsidiar um projeto nacional para que estes bens sejam leiloados. Atualmente, o delegado Osvaldo Resende está atuando administrativamente na Superintendência da Polícia Civil, não vinculado à atividade operacional”, explica a nota.
A nota também diz que Osvaldo tem experiência para lidar com o tema e ajudar no processo de cadastramentos destes bens. “O projeto permitirá conferir maior agilidade na venda dos bens por meio de leilões, transformando-os em recursos para aplicação em políticas públicas sobre drogas”, finaliza.
Fonte: FanF1
Créditos: Polêmica Paraíba