Bastidores

Delação de Palocci gera divergência entre juízes

Enquanto o desembargador Gebran Neto, do TRF-4, não decide se homologa a delação de Antonio Palocci, seus colegas travam discussão informal sobre o assunto.

Enquanto o desembargador Gebran Neto, do TRF-4, não decide se homologa a delação de Antonio Palocci, seus colegas travam discussão informal sobre o assunto. Entre desembargadores do TRF-1, a maioria se manifesta nos grupos de WhatsApp contra a PF fazer acordos de colaboração premiada. Opinam que o titular da ação penal é o MPF, a quem cabe barganhar com o investigado em troca de informação. Um juiz que pediu para não ser identificado resume: “Nada que a PF faça é relevante como delação. É um depoimento igual a qualquer outro”.

Suspenso. A maioria do Supremo já se manifestou a favor da PF firmar delação, mas a votação foi interrompida em dezembro e não há data para ser retomada. Há dúvidas sobre a extensão do acordo e a necessidade de um aval do MPF.

Minha reeleição… O governo está sendo pressionado por caciques do Congresso a antecipar o fim da intervenção no Rio, prevista para dezembro. A medida impede a aprovação de PECs, o que deixa o Legislativo proibido de aprovar propostas “caça-votos” em ano eleitoral.

Nem pensar. Temer responde que enquanto os assassinos de Marielle Franco não forem encontrados e os índices de criminalidade não baixarem fica no Rio.

Rastro… O estilo trator da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tem causado problemas para a sigla. Na Bahia, ela anunciou apoio à reeleição da senadora Lídice da Mata (PSB) sem ouvir o governador Rui Costa, que articula apoiar Ângelo Coronel (PSD) para a vaga.

… de destruição. Em Pernambuco, Gleisi não impediu o lançamento de candidatura própria ao governo em meio às negociações locais para uma aliança com o PSB. Agora ninguém consegue demover Marília Arraes (PT) da disputa.

Na mira. No cenário nacional, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) não poupou Gleisi e disse ter “pena” dela após ela dizer que o PT não faria aliança com ele nem com “reza brava”.

Frente. Por causa dos conflitos, petistas avaliam montar uma comissão paralela para negociar apoio na disputa presidencial.

Destravando. Dois meses após enviar ao Congresso MP que criou o Ministério de Segurança Pública, Temer montou a estrutura que dará suporte à pasta. Ele fez uma redistribuição de cargos que vai permitir ao ministro Raul Jungmann a organizar o ministério.

Agora é que são elas. Líder do PMDB no Senado, Simone Tebet (MS) indicou o senador Waldemir Moka (MDB-MS) para a relatoria do Orçamento 2019. Ela fez o movimento para mostrar a Romero Jucá quem manda na liderança. Ele queria outro nome.

CLICK. A ida do governador Márcio França ao aniversário de uma igreja em Mauá levou o tucano Marco Vinholi a questionar oficialmente o uso do helicóptero do governo na viagem.

Foto: Twitter – Márcio França
Com a palavra. O governador confirmou a viagem, mas disse que seu compromisso foi para atividades oficiais, que incluíram participação na festa de aniversário da Igreja Evangélica Ministério de Mauá.

Vai longe. A situação de Geddel Vieira Lima não é fácil. Segundo um magistrado, hoje é impossível o ex-ministro sair da cadeia ‘considerando a possibilidade concreta de outros atos terem sido praticados que não foram descobertos’. Ele foi pego com R$ 51 milhões em dinheiro vivo.

SINAIS PARTICULARES. Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Governo de Temer. por Kleber Sales

PRONTO, FALEI!
“Há uma hipocrisia generalizada sobre os gastos oficiais das campanhas, que serão muito maiores que os previstos na lei”, DO LÍDER DO PTB NA CÂMARA, JOVAIR ARANTES (GO), sobre o financiamento eleitoral.

Fonte: Estadão
Créditos: Estadão