Representantes do Instituto Butantan se reúnem na tarde desta quarta-feira (6) com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratar dos resultados da CoronaVac, vacina contra o coronavírus desenvolvida pelo Instituto em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
A previsão é a de que os dados sobre a eficácia dos testes feitos no Brasil sejam divulgados em coletiva de imprensa do governo paulista nesta quinta (7). Por questões de sigilos contratuais, o governo paulista não pode antecipar quais foram os índices obtidos no Brasil, mas, de acordo com o revelado pelo secretário da Saúde à época, a vacina não atingiu 90% de eficácia nos testes que foram feitos.
Os resultados deveriam ter sido divulgados no dia 23 de dezembro, mas foram adiados pela segunda vez pelo governo paulista. Antes, a previsão era de que eles fossem conhecidos em 15 daquele mês.
Segundo o governo, a fase 3 dos testes da CoronaVac no Brasil registrou pelo menos 170 voluntários contaminados.
O estudo conclusivo mede a taxa de eficácia do imunizante, comparando quantos casos confirmados ocorreram nos voluntários que receberam placebo e quantos naqueles que tomaram a vacina. A taxa mínima de eficácia recomendada pela Anvisa é de 50%.
No final do ano passado, a Turquia informou publicamente ter chegado ao percentual de 91,25% de eficácia da CoronaVac em testes preliminares feitos com 1,3 mil voluntários.
Envio de informações à Anvisa
De acordo com o Butantan, o envio dos resultados à Anvisa só poderá ocorrer após a Sinovac analisar os dados dos testes da vacina realizados com 13 mil voluntários no Brasil. Os números foram enviados pelo Instituto no dia 23 de dezembro e a expectativa é a de que o processo fosse concluído até o dia 7 de janeiro.
O objetivo é que os dados sejam comparados aos resultados de pesquisas realizadas em outros países, evitando que a vacina tenha diferentes índices de eficácia anunciados.
Na sequência, os resultados finais serão encaminhados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e à National Medical Products Administration, da China.
Essa é a última etapa para que o governo obtenha o certificado da Anvisa para o processo de registro da vacina no Brasil ou para um eventual pedido de autorização para uso emergencial.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba