A CPI da Covid no Senado deve apresentar nesta sexta-feira (18) a lista de nomes das testemunhas que devem passar para a condição de investigadas pela comissão.
A sessão marcada para início às 9h deve analisar 40 requerimentos, além de ouvir médicos que defendem o uso da cloroquina, remédio comprovadamente ineficaz para o tratamento da Covid-19 e propagandeado pelo governo federal, pelo ministério da Saúde e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como parte de um suposto “tratamento precoce” para a doença.
O relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), confirmou que o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, será um dos nomes apresentados para serem investigados pela CPI. A justificativa para a inclusão do nome de Queiroga entre os investigados é pelo fato dele ter sugerido para a OMS (Organização Mundial da Saúde) medicamentos ineficazes para o tratamento da Covid-19, como a cloroquina, e afirmou que, no Brasil, o medicamento teria apresentado eficácia de mais de 70%.
De acordo com o jornalista Valdo Cruz, do G1, a lista de investigados a ser apresentada por Renan Calheiros em uma coletiva de imprensa na manhã desta sexta terá os seguintes nomes:
- Marcelo Queiroga (ministro da Saúde);
- Eduardo Pazuello (ex-mininstro da Saúde);
- Ernesto Araújo (ex-ministro de Relações Exteriores);
- Fábio Wajngarten (ex-secretário de Comunicação da presidência);
- Mayra Pinheiro (secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde);
- Nise Yamaguchi (médica defensora da cloroquina);
- Paolo Zanotto (médico defensor da cloroquina);
- Carlos Wizard (empresário que aconselhou Pazuello);
- Arthur Weintraub (ex-assessor especial da Presidência da República);
- Francieli Fantinato (coordenadora do Programa Nacional de Imunização);
- Marcellus Campêlo (ex-secretário de Saúde do Amazonas);
- Elcio Franco (ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde).
Para Renan, a condição de investigado na CPI permite que as apurações sejam aprofundadas, uma vez que as investigações permitem, por exemplo, a requisição de documentos e a realização de buscas e apreensões.
Fonte: Isto É
Créditos: Polêmica Paraíba