Após dois dias com média móvel de mortes por covid-19 abaixo de 900 no Brasil, hoje o índice voltou a subir e ficou em 949. Nas últimas 24 horas, 1.275 pessoas perderam suas vidas para o vírus. Ao todo, são 563.082 mortes no pais desde o início da pandemia.
Com isso, o Brasil saiu do estado de queda da média móvel —observado ao longo da última semana— e voltou a registrar estabilidade, com variação de -14% na comparação com o dado de 14 dias atrás. Os dados foram obtidos pelo consórcio de veículos de imprensa, do qual o UOL faz parte, coletados junto às secretarias estaduais de saúde.
A média móvel é o melhor indicador para analisar a pandemia, pois corrige as flutuações nos dados das secretarias de saúde que ocorrem aos fins de semana e feriados. A média dos últimos sete dias é comparada com o mesmo índice de 14 dias atrás. Se ficar abaixo de -15%, indica tendência de queda; acima de 15%, aceleração; entre esses dois valores, estabilidade.
Havia dois dias em que a média móvel de óbitos estava abaixo de 900. Ontem, foram, em média, 899 óbitos nos últimos sete dias, o que representava uma queda de -23% na comparação com 14 dias atrás.
Apesar do aumento de hoje, o país está há oito dias com a média de mortes abaixo de mil após 191 dias seguidos acima dessa faixa. Em 2020, o tempo máximo foram 31 dias.
Também foram registrados 40.698 novos casos da doença provocada pelo coronavírus em 24 horas. Desde o início da pandemia, já foram registrados 20.149.146 diagnósticos positivos da doença.
Treze estados registraram tendência de queda na média móvel de mortes, enquanto outros sete tiveram estabilidade. Distrito Federal, Amapá, Roraima, Ceará, Rio Grande do Norte, Goiás e Mato Grosso tiveram aceleração.
Das regiões, Centro-Oeste (17%) está em tendência de alta, enquanto Norte (-10%) e Nordeste (4%) estão em estabilidade. Sul (-20%) e Sudeste (-24%) seguem em tendência de queda dos indicadores.
Veja a situação por estado e no Distrito Federal
Região Sudeste
- Espírito Santo: estável (-11%)
- Minas Gerais: estável (-12%)
- Rio de Janeiro: queda (-17%)
- São Paulo: queda (-31%)
Região Norte
- Acre: queda (-74%)
- Amazonas: estável (4%)
- Amapá: aceleração (42%)
- Pará: queda (-21%)
- Rondônia: estável (-3%)
- Roraima: aceleração (68%)
- Tocantins: queda (-17%)
- Alagoas: queda (-16%)
- Bahia: queda (-34%)
- Ceará: aceleração (146%)
- Maranhão: queda (-20%)
- Paraíba: estável (-6%)
- Pernambuco: queda (-24%)
- Piauí: queda (-40%)
- Rio Grande do Norte: aceleração (67%)
- Sergipe: queda (-21%)
Região Centro-Oeste
- Distrito Federal: aceleração (23%)
- Goiás: aceleração (26%)
- Mato Grosso: aceleração (28%)
- Mato Grosso do Sul: queda (-21%)
Região Sul
- Paraná: estabilidade (-6%)
- Rio Grande do Sul: queda (-42%)
- Santa Catarina: estabilidade (-14%)
Dados do ministério da Saúde
Em boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informou que o Brasil registrou 990 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas. Desde o início da pandemia, houve 562.752 óbitos provocados pela doença em todo o país.
Pelos dados da pasta, houve 43.033 diagnósticos positivos para o novo coronavírus entre ontem e hoje em todo o Brasil, elevando para 20.151.779 o total de infectados desde março de 2020.
Segundo o governo federal, 18.894.631 pessoas se recuperaram da doença até o momento no país, com outras 694396 em acompanhamento.
Brasil bate 50% de vacinados com 1ª dose, mas tem 5,5 mi de atrasados na 2ª
O Brasil alcançou ontem a marca de metade da população vacinada com a primeira dose contra a covid, mas pelo menos 5,5 milhões de brasileiros estão com a segunda dose atrasada, conforme dados mais atuais do Ministério da Saúde.
Segundo o último boletim epidemiológico, até 23 de julho, havia registro de 5.481.373 pessoas que haviam tomado a primeira dose, mas não procuraram o serviço de saúde para receberem a segunda.
Para classificar como atraso no esquema vacinal, foram considerados os registros cujo intervalo de tempo da administração da primeira dose com ausência de registro da segunda foi superior a 84 dias para as vacinas AstraZeneca e Pfizer Comirnaty; e superior a 28 dias para vacina CoronaVac.
O número até 23 de julho é 1,6 milhão maior do que o registrado em junho, quando boletim do ministério revelou que 3,8 milhões de pessoas estavam com as doses em atraso.
Veículos se unem pela informação
Em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, os veículos de comunicação UOL, O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo, G1 e Extra formaram um consórcio para trabalhar de forma colaborativa para buscar as informações necessárias diretamente nas secretarias estaduais de Saúde das 27 unidades da Federação.
O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, deveria ser a fonte natural desses números, mas atitudes de autoridades e do próprio presidente durante a pandemia colocam em dúvida a disponibilidade dos dados e sua precisão.
Fonte: uol
Créditos: Polêmica Paraíba