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CORRIDA PELA IMUNIZAÇÃO: mais um lote da vacina Coronavac chega a SP; essa é a maior remessa que já chegou ao Brasil

Carga com 2,1 milhões de doses e também insumos suficientes para a produção de 3 milhões de imunizantes

Uma carga com 2,1 milhões de doses e também insumos suficientes para a produção de 3 milhões de imunizantes da vacina Coronavac, chegou na manhã desta quinta-feira (24) ao Aeroporto Viracopos, em Campinas. O carregamento totaliza 5,5 milhões de doses. Foi o quarto lote da farmacêutica chinesa Sinovac, que tem acordo com o Butantan.

Segundo o governo de SP, o novo carregamento é formado por 2,1 milhões de doses já prontas para aplicação e mais 2,1 mil litros de insumos, correspondentes a 3,4 milhões de doses. Até o final do ano, a previsão é que São Paulo receba mais 400 mil no dia 28 e 1,6 milhão no dia 30.

O voo da China fez uma escala em Zurique, na Suíça, e pousou em São Paulo por volta de 5h30.

A eficácia da vacina CoronaVac no combate ao novo coronavírus é o dado mais aguardado sobre o imunizante desenvolvido pela Sinovac. O anúncio estava previsto para quarta-feira (23), mas foi adiado pelo governo de São Paulo, que tem acordo para compra de doses que serão envasadas pelo Instituto Butantan.

Plataforma da vacina

A CoronaVac usa vírus inativados. Esta técnica utiliza vírus que foram expostos em laboratório a calor e produtos químicos para não serem capazes de se reproduzir.

Divulgação dos resultados

O governo de São Paulo adiou pela segunda vez a divulgação de resultados. A previsão inicial era divulgar eficácia do imunizante no dia 15 de dezembro, mas a apresentação foi adiada para a quarta-feira (23) e, então, o anúncio foi postergado novamente.

Também estava previsto para esta quarta o envio dos dados de eficácia à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo Dimas Covas, o envio dos resultados à Anvisa vai ocorrer somente após a Sinovac analisar os resultados enviados pelo Butantan nesta quarta (23).

Segurança e resposta imune

Estudo publicado em revista científica aponta que ela é segura e produz resposta imune. Os resultados publicados na revista científica “The Lancet” tratam dos estudos de fase 1 e 2 com 743 pacientes. O efeito colateral mais comum relatado foi dor no local da injeção.

Segundo a pesquisa, as respostas de anticorpos foram induzidas no prazo de até 28 dias após a primeira imunização. Os pesquisadores não avaliaram também o comportamento das células T (ou linfócitos T), que fazem parte do sistema imunológico e são capazes de identificar e destruir células infectadas.

Total de doses negociadas

Governo de São Paulo afirma ter comprado 46 milhões de doses. Desse total, seis milhões foram importadas prontas da China, enquanto as demais 40 milhões serão preparadas na fábrica do Butantan.

Autorização de uso

Imunizante ainda não tem autorização de uso no Brasil. Dados parciais sobre a vacina já foram enviados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas não houve ainda pedido de uso emergencial ou de registro definitivo.

Na China, ela foi aprovada em julho para uso emergencial. A aprovação é parte de um programa do país asiático para vacinar grupos de alto risco, como médicos.

Fonte: G1 e Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba