A Turquia divulgou nesta quinta-feira (24) que a vacina CoronaVac teve eficácia de 91,25% contra o Coronavírus nos testes de fase 3. Os pesquisadores turcos divulgaram ainda que não houve efeitos colaterais significativos entre os voluntários.
A CoronaVac é desenvolvida pela chinesa Sinovac, que tem acordo com o Governo de São Paulo. O Instituto Butantan coordena os testes no Brasil e já trabalha na produção do imunizante a partir de matéria prima recebida da China. Em nota divulgada após o anúncio da Turquia, o Butantan disse “que não comenta informações relativas a contratos da Sinovac com outros países”.
Na quarta-feira (23), o governo paulista tinha a previsão de anunciar a eficácia da vacina, mas a divulgação foi adiada a pedido da fabricante chinesa. Nesta quinta, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse que a eficácia medida nos testes no Brasil é “bem superior” ao mínimo de 50% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Entretanto, os percentuais obtidos no Brasil são diferentes dos verificados em outros países onde ela também é testada (China, Turquia e Indonésia). “[A Sinovac] quer entender por que tivemos um resultado, e, em outros países, outro”, disse Jean Gorinchteyn.
De acordo com a agência de notícias Reuters, os pesquisadores turcos disseram que é “provável que a taxa aumente com base em dados de testes em estágio avançado”.
Os pesquisadores, que integram o conselho científico do governo, afirmaram que nenhum sintoma importante foi detectado durante os testes da CoronaVac na Turquia, exceto por uma pessoa que teve reação alérgica.
A agência de notícias Associated Press relatou que o ministro da saúde da Turquia, Fahrettin Koca, ressaltou que os dados divulgados por eles são os primeiros já divulgados sobre a CoronaVac. No país, os testes envolvem 7.371 voluntários.
A Turquia comprou 50 milhões de doses da CoronaVac em 11 de dezembro, mas o embarque foi adiado. O ministro Fahrettin Koca disse que as vacinas chegarão à Turquia na segunda-feira (28), acrescentando que o país irá vacinar cerca de 9 milhões de pessoas do primeiro grupo, começando pelos profissionais de saúde.
Fonte: G1
Créditos: G1