Dados de um estudo preliminar realizado pelo Ministério da Saúde Pública do Uruguai apontaram que a vacina CoronaVac consegue reduzir a mortalidade pela Covid-19 em 97% depois de 14 dias da 2ª dose. No mesmo período, a Pfizer reduz a mortalidade em 80%. O estudo foi divulgado na quinta-feira (27). Os dados são comparados com pessoas não vacinadas. As informações foram coletadas e analisadas de 1º de março deste ano até o dia 25 de maio.
Foram analisadas 712.716 pessoas que tomaram as duas doses da Coronavac. Entre elas, 14 dias depois da vacinação, 6 pessoas morreram. Já entre quem recebeu o imunizante da Pfizer, foram analisadas 149.329 pessoas. Destas 8 pessoas morreram pela Covid-19.
Além da mortalidade também foram analisados quantos casos foram registrados em pessoas vacinadas com as duas doses das vacinas e quando precisaram ser internadas em UTIs (unidades de terapia intensiva). Nesses quesitos, a norte-americana Pfizer teve um resultado melhor do que a chinesa produzida pela Sinovac, de acordo com o estudo.
A vacina da Pfizer conseguiu reduzir em 75% o número de casos de infecção pelo coronavírus. A CoronaVac em 57%. As internações em UTI diminuíram 99% com a vacina norte-americana, enquanto para a chinesa a queda foi de 95%.
O Ministério da Saúde Pública do Uruguai afirma que os dados ainda podem ser alterados. Questões como a idade das pessoas vacinadas, doenças prévias e questões de risco para a covid-19 (como profissionais de saúde) não foram consideradas ao se analisar as infecções em pessoas vacinadas contra o coronavírus. O estudo ainda vai continuar no país. Ainda assim, o governo uruguaio comemora os resultados como uma evidência de avanço na luta contra a covid-19. “Mostra-se que a vacinação é uma ferramenta fundamental para conter o avanço e as consequências da pandemia“, diz o estudo.
No Brasil, as duas vacinas que fazem parte do estudo no Uruguai são aplicadas pelo PNI (Programa Nacional de Imunização). A CoronaVac é aplicada desde janeiro deste ano, com fabricação nacional pelo Instituto Butantan. Já a Pfizer passou a ser aplicada no país a partir de 30 de abril.
Fonte: Poder360
Créditos: Polêmica Paraíba