Vacinação

CORONAVAC: qual é a diferença entre a vacina chinesa que será aplicada no Brasil e as demais?

A vacina contra a Covid-19 que está a ser desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac-CoronaVac (no Brasil, em parceria com o Instituto Butantan) já chegou à Indonésia em preparação para uma campanha de vacinação em massa, com outras doses de 1,8 milhões previstas para chegar em janeiro, revelou a rede de televisão britânica BBC. Mas quais são as diferenças entre a CoronaVac, que será aplicada no Brasil, primeiramente em São Paulo, e as demais vacinas em produção no mundo?

De acordo com a emissora britânica, a CoronaVac é uma vacina inativada, que funciona usando partículas virais mortas para expor o sistema imunológico ao vírus sem correr o risco de doença grave.

Já outras vacinas, a exemplo da Moderna e Pfizer, são vacinas de mRNA. Isso significa que parte do código genético do coronavírus é injetado no corpo, fazendo com que o corpo comece a produzir proteínas virais o suficiente para treinar o sistema imunológico para atacar.

“CoronaVac é um método mais tradicional que é usado com sucesso em muitas vacinas conhecidas, como a raiva”, disse o professor Luo Dahai, da Universidade Tecnológica de Nanyang, à BBC. “As vacinas de mRNA são um novo tipo de vacina e não há [atualmente] nenhum exemplo de sucesso a ser utilizado na população”, acrescenta.

Uma das principais vantagens da CoronaVac é que, assim como a vacina de Oxford, pode ser armazenada entre 2 a 8 graus Celsius. A vacina da Moderna deve ser armazenada a -20ºC e a vacina da Pfizer a -70ºC.

Isso significa que tanto a CoronaVac como a vacina Oxford-AstraZeneca são muito mais úteis para países em desenvolvimento, que podem não ser capazes de armazenar grandes quantidades da vacina em temperaturas tão baixas. Além disso, a Coronavac já vem embalada com seringa e agulha, diferente dos outros imunizantes em que estes insumos devem ser comprados de forma separada, aumentando assim os custos de vacinação.

A CoronaVac é a vacina que será distribuída no Estado de São Paulo, com previsão já para janeiro de 2021. Na última segunda-feira (7), o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), sinalizou que o governo do estado está autorizado a negociar com o governo de São Paulo a compra de doses dessa vacina.

Fonte: Polêmica Paraíba com Notícias ao Minuto
Créditos: Polêmica Paraíba com Notícias ao Minuto