O que Lula tinha a dizer aos comandantes militares sobre como doravante as Forças Armadas deverão se comportar, ele já disse em público, e de maneira a não deixar dúvidas.
Cabe aos militares a defesa do povo brasileiro contra qualquer possível ataque externo. Quem governa é o governo, quem aprova as leis é o Congresso, e quem as interpreta é a Justiça.
Na reunião marcada para logo mais no Palácio do Planalto com os comandantes militares e o ministro da Defesa, José Múcio, Lula discutirá apenas a modernização das Forças Armadas.
“Pedi para que cada Arma me apresentasse as dificuldades que enfrenta do ponto de vista da estrutura funcional”, observou. “A tecnologia que falta para termos uma indústria de defesa forte”.
Nada impede, porém, que os comandantes militares, se quiserem, falem sobre a politização da tropa e o envolvimento de parte dela na recente tentativa fracassada de um golpe de Estado.
Se o fizerem, Lula estará à vontade para repetir o que vem dizendo em discursos e entrevistas nos últimos 12 dias. Nada de anistia. Serão punidos todos os que tentaram sepultar a democracia.
Os comandantes militares estão convencidos de que será assim, e de que essa decisão está fora da órbita deles. De fato, está fora também da órbita do governo. A última palavra será da Justiça.
Um relatório identificou 8 militares da ativa lotados na Presidência da República durante o governo de Bolsonaro que compareceram a atos golpistas em frente ao QG do Exército, em Brasília.
Eles estavam alocados em especial no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência durante a gestão do general da reserva Augusto Heleno, um militar da linha dura.
Os golpistas acampados no QG produziram 3 episódios violentos: o ataque ao prédio da Polícia Federal; a instalação de uma bomba em um caminhão; e a invasão da Praça dos Três Poderes.
Em um grupo de WhatsApp, integrantes da própria segurança pessoal de Bolsonaro aparecem, sem farda e geralmente com camisa da seleção brasileira de futebol, em fotos no QG.
Um vídeo curto mostra uma imagem de Lula discursando na mira de um atirador de elite, sugerindo que ele poderia ser abatido por um sniper no dia 1º de janeiro, data da posse.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba