A Comissão Especial da Câmara que analisa a proposta de voto impresso vai se reunir nesta sexta-feira (16) e deve rejeitar o texto. A reunião foi articulada por um conjunto de 18 deputados titulares e um suplente do colegiado, todos resistentes à ideia de mudar o atual sistema da urna eletrônica. O deputado Hildo Rocha (MDB-MA), autor do requerimento que permitiu a reunião, afirmou que os votos para rejeitar a ideia são majoritários na comissão: “A maioria dos membros entende que não teremos tempo para implantar o voto impresso no ano que vem”.
Em reunião com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, partidos adversários da proposta de emenda à Constituição (PEC) concordaram em barrar sua aprovação, uma das principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro.
Os partidos contrários à adoção do voto impresso seguem fazendo alterações na Comissão Especial. Após pressão do PSDB, o deputado Aécio Neves anunciou na quinta (15) que deixou o colegiado. O presidenciável derrotado nas eleições presidenciais de 2014, que recorreu à Justiça Eleitoral questionando, com o PSDB, a vitória da petista Dilma Rousseff, defende a adoção do voto auditável já nas eleições de 2022, em pelo menos 3% das urnas eletrônicas.
O partido acionou o TSE movido por supostas acusações de irregularidades na campanha do PT, que não se comprovaram. A decisão de Aécio, somada a outras defecções na comissão, comprova a pá de cal nas pretensões do Palácio do Planalto em aprovar a proposta.
Fonte: Estadão Conteúdo e O Globo
Créditos: Polêmica Paraíba