Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados e defensor do voto impresso, avaliou que o número de ausentes na votação da PEC do Voto Impresso, que ocorreu na noite da terça-feira (10), também seja somado como derrota à proposta: “Ausentes também contam. Some os dois [ausentes e desfavoráveis]. Vamos enterrar esse assunto”, disse logo após a votação.
A PEC foi derrubada, mas o placar surpreendeu os que esperavam uma derrota acachapante. A maioria dos deputados que participaram da votação no plenário da Câmara foi favorável à PEC. Foram 218 votos contra e 229 a favor da PEC do voto impresso. Mas, por se tratar de alteração na Constituição, para passar, o texto dependia de pelo menos 308 votos. Ou seja, ficaram faltando 79 votos para vencer.
A observação feita por Lira leva em consideração o número de parlamentares que não compareceram à votação. Houve 64 ausências, entre elas, pessoas contrárias à PEC, mas que não participaram da votação. Neste grupo, há, por exemplo, a deputada Sâmia Bonfim. Em nota à CNN, ela afirma que “se estivesse presente, sem sombra de dúvidas votaria junto com toda a bancada do PSOL, contra a proposta descabida do voto impresso”. Sâmia está de licença maternidade e por isso não esteve presente na sessão.
Não foi o caso, porém, do tucano Aécio Neves. Deputado por Minas Gerais, Neves foi o único parlamentar que optou pela abstenção. Em outras palavras, mesmo apto, ele escolheu não votar. Em mensagem a colegas do PSDB, Aécio afirmou que não poderia ir contra suas convicções e que gostaria de votar a favor da proposta, mas disse que “reconhece a contaminação do debate” e que não “afrontaria o partido”. O PSDB fechou posição contra a PEC.
Procurados, Aécio Neves e o PSDB ainda não se manifestaram.
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba