Paraíba - O Brasil vive uma nova onda de empreendedorismo digital. Cada vez mais jovens, e até profissionais já estabelecidos, estão largando empregos formais, trancando a faculdade e apostando todas as fichas em vendas online. De Shopee a TikTok Shop, passando por Instagram e marketplaces nacionais, a promessa de ganhar dinheiro “sem sair de casa” virou o novo sonho brasileiro. Mas por trás dos vídeos de sucesso e faturamento alto, há bastidores que nem sempre são mostrados.
A promessa do lucro rápido
As redes sociais estão cheias de vídeos de jovens dizendo que faturaram R$10 mil em uma semana com dropshipping, ou que pagaram o próprio carro vendendo “produtos virais” pela internet. O TikTok Shop, por exemplo, virou um dos principais impulsionadores desse fenômeno. Com uma estrutura que facilita a venda direta de produtos e comissões por indicações, muitos viram ali a chance de entrar no comércio digital sem precisar de estoque próprio.
Dá certo ou é cilada?
Apesar das histórias inspiradoras, nem tudo são flores. Muitos entram nesse universo acreditando em promessas de enriquecimento rápido e acabam enfrentando frustrações, dívidas e problemas com logística, fornecedores e clientes.
Além disso, o excesso de competição, principalmente em plataformas como Shopee e Mercado Livre, pode reduzir drasticamente a margem de lucro. Produtos virais hoje podem não vender nada amanhã.
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Loja física x TikTok Shop
Com o crescimento das vendas nas redes sociais, muitos microempreendedores começaram a questionar se vale mais a pena manter um ponto físico ou migrar de vez para o digital. O custo fixo de uma loja tradicional é um dos principais argumentos para a mudança.
A indústria dos cursos
O boom das vendas online também impulsionou outro mercado: o de cursos e mentorias. A promessa de “ficar rico vendendo na internet” virou negócio para milhares de influenciadores, que muitas vezes lucram mais ensinando a vender do que vendendo de fato.
Para quem pensa em seguir por esse caminho, o recado de especialistas é claro: é possível viver de vendas online, sim, mas exige estudo, estratégia, paciência e, muitas vezes, investimentos iniciais. E antes de acreditar no que aparece nos vídeos, vale pesquisar bem e separar o que é realidade do que é só marketing.
