Ciro Gomes (PDT) ultrapassou a marca traçada no chão que lhe permitiria apoiar Lula no segundo turno da eleição presidencial deste ano contra Bolsonaro ou ser apoiado por Lula caso fosse ele a enfrentar Bolsonaro. Isso se deu em entrevista ao site Antagonista quando Ciro disse, entre outras coisas:
“Vou falar com todas as letras. Eu não fico ao lado de bandido em nenhuma circunstância, seja bandido do PT, seja de Bolsonaro. Não faço nunca mais uma campanha ao lado de bandido”.
Se dependesse dele, Lula continuaria preso, e o Supremo Tribunal Federal não teria anulado suas condenações. Chamou de “chocante” o entendimento do tribunal de que os processos contra Lula não poderiam ter tramitado na Vara Federal de Curitiba, o que permite que Lula “se apresente como inocentado”.
Para Ciro, Lula “está cheio de responsabilidade pelo maior escândalo de corrupção da história do mundo”. A sensação que existe, segundo ele, é que só há justiça “para ladrão de galinha”. Na eleição de 2018, Ciro viajou a Paris e não declarou apoio a Haddad (PT), que disputou o segundo turno com Bolsonaro.
Desta vez, sequer precisará viajar. Ciro está algemado ao percentual de votos que teve nas três vezes anteriores em que disputou a Presidência da República. Emparedado à esquerda por Lula e à direita por Bolsonaro, cisca, cisca, mas não cresce. Na mais recente pesquisa Datafolha, apareceu com 7% das intenções de voto.
O PDT está cada vez mais incomodado com as fortes pancadas que Ciro dá em Lula. O partido está pronto para apoiar Lula em um eventual segundo turno contra Bolsonaro, mas uma grande fatia dele poderá fazê-lo ainda no primeiro turno.
Fonte: Polêmica PB
Créditos: Metropoles