imunização

Cidade de SP registra duas mortes por reação à vacina da febre amarela

Duas pessoas morreram na capital paulista por reação à vacina da febre amarela, segundo a secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

Ao todo, seis mortes foram notificadas como supostas reações à vacina. Uma delas foi descartada, segundo a secretaria. Outras três ainda estão em investigação.

Entre os dois casos confirmados, a morte teria ocorrido por alguma deficiência imunológica que não foi detectada durante a triagem.

A secretaria de Saúde não revelou a identidade da outra vítima.Um dos casos é de uma idosa de 76 anos, moradora de Ibiúna, que morreu no último dia 16, oito dias após receber a vacina. Ela foi à capital paulista se tratar da reação vacinal.

Pessoas recém-vacinadas podem apresentar reações adversas. Dores no corpo, de cabeça e febre podem afetar entre 2% e 5% dos vacinados nos primeiros dias após a vacinação e podem durar entre 5 e 10 dias.

Mortes, no entanto, são raras: a secretaria estima que ocorra um caso a cada 500 mil vacinados.

Na avaliação do médico infectologista Artur Timerman, as mortes, se de fato tiverem sido causadas por reação à vacina, não são motivo para que as pessoas deixem de se vacinar. “De forma alguma se contraindica a manutenção da vacinação de pessoas na cidade de São Paulo”, afirma. “O risco da doença é muito maior do que os riscos da vacina”.

Para o infectologista e professor da USP Esper Kallas, o número de mortes está dentro do esperado, em vista do grande número de pessoas vacinadas na capital paulista: 1,3 milhão de pessoas só na zona norte da cidade, epicentro da atual crise. “Não consigo ver uma situação diferente do que está acontecendo”, diz. “Todas as vezes que você vacina milhões de pessoas, isso pode acontecer. Por isso, há um cálculo de custo benefício da vacinação”.

“[A triagem] deveria ser um negócio mais criterioso? Deveria. Mas tem gente que omite informações, não fala o que está tomando”, afirma o pesquisador.

Fonte: Folha
Créditos: Folha