“Estou sendo alvo de gente louca”, diz ao R7. Ainda de acordo com ela, tem “gente por trás” querendo tirar o foco das denúncias contra o médium
A ativista social Sabrina Bittencourt, que está ajudando vítimas de João de Deus, foi alvo de uma Fake News nesta quinta-feira (13). De acordo com a notícia falsa, a ativista teria cometido suicídio.
“As pessoas estão desesperadas pensando que eu cometi suicídio. Preciso do apoio agora desmentindo isso”, diz ela. “Meu filho e amigos estão ligando. Estou sendo alvo de gente louca, mas sigo na ativa”, completa.
Ainda de acordo com Sabrina, os responsáveis por espalhar a notícia falsa têm interesses. “Tem alguém por trás querendo tirar o foco de tudo o que estou fazendo e de tudo o que está rolando”, afirma. “Todo mundo que faz parte das minhas redes sociais está com o nome indexado nessa notícia falsa. Então, quando vão buscar sobre João de Deus na internet, sai essa notícia como titular. Um monte de gente está me falando isso. Só que tenho amigos de 70 anos, tem gente que está doente, tem gente que é cardiopata.”
O filho de Sabrina também tomou conhecimento da notícia falsa. “Meu filho me ligou desesperado perguntando se eu estava bem. E estou passando a madrugada inteira desmentindo”, explica.
Sabrina está atendendo vítimas de João de Deus e dando orientações. Nesta terça-feira (12), uma das mulheres que denunciou o médium cometeu suicídio e a ativista foi para o hospital.
Rafael Velasco, ex-marido da ativista, contou que ela estava se tratando após a notícia. “Sabrina deu entrada no hospital. Foi a gota que transbordou tudo o que ela está vivendo. Peço em nome dela e dos nossos filhos que todos nos apoiem nesse momento. Ela está sofrendo muitos ataques sem sentido. Agradeço a compreensão”, afirmou. “Ela precisa descansar. Sabrina está medicada e em estado de choque emocional, pois atendia essa mulher faz três meses. Pedimos que respeitem esse momento difícil para Sabina”, completou.
Entenda o caso
João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, está sendo acusado por diversas mulheres de abuso sexual durante os atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, interior de Goiás.
Após as primeiras denúncias contra o médium, o MP-Go (Ministério Público de Goiás) abriu uma força-tarefa, que conta com quatro promotores, seis delegados e duas psicólogas para atenderem o caso. Até a tarde de terça-feira (11), o MP já tinha realizado atendimento a mais de 200 mulheres que afirmam ter sido abusadas sexualmente por João de Deus.
Na noite desta quarta-feira (12), o MP-GO pediu a prisão de João de Deus.
Outro lado
O advogado criminalista Alberto Toron, que representa João de Deus, se posicionou sobre as acusações de abuso sexual contra o médium em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. Ele afirmou que o médium “nega e recebe com indignação a existência dessas declarações”.
“O que eu quero esclarecer, que me parece importante que se esclareça ao grande público, é que ele tem um trabalho de mais de 40 anos naquela comunidade, atendendo a todos os brasileiros, atendendo gente de fora do país, sem nunca receber esse tipo de acusação”, disse o advogado.
Ainda segundo Toron, João de Deus vai se apresentar à Justiça nos próximos dias para colaborar no que for necessário.
O R7 tenta desde segunda-feira (10) ouvir o advogado, mas ainda não obteve resposta. Um novo contato foi realizado nesta quarta-feira (12), após o pedido de prisão. Uma entrevista com o médium também foi solicitada, também sem posicionamento do acusado.
Fonte: R7
Créditos: R7