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CASO HENRY BOREL E CASO LAURA ORLANDI: a revolta da sociedade por famílias que deveriam defender suas crianças - Por Adriany Santos

Acredito que não só eu, mas, grande parte das pessoas que tiveram conhecimento da última tragédia que vem estampando as capas dos principais jornais em todo o Brasil, quiçá do mundo, o “Caso Henry Borel”, deve estar com um sentimento de revolta, e se perguntando, "Como pode uma mãe permitir que alguém agrida seu filho?". Pois é. Foi isso que aconteceu.

Acredito que não só eu, mas, grande parte das pessoas que tiveram conhecimento da última tragédia que vem estampando as capas dos principais jornais em todo o Brasil, quiçá do mundo, o “Caso Henry Borel”, deve estar com um sentimento de revolta e impunidade, se perguntando, “Como pode uma mãe permitir que alguém agrida seu filho?”. Pois é. Foi isso que aconteceu. A mãe do menino Henry, permitia que seu filho, de apenas 4 anos de idade, sofresse constantes agressões por parte de seu namorado, em ‘troca’ de uma vida luxuosa. O que não faltam são palavras para descrever o que aconteceu com essa criança. Poderia dizer que foi uma brutalidade, monstruosidade, tragédia, ritual de tortura, homicídio. Um crime cometido por um ataque psicopata. Acho que o nome mais adequado seria ataque psicopata, mesmo.

Após o menino retornar de um fim de semana tranquilo na casa do pai, Henry foi mais uma vez agredido pelo padrasto, só que dessa vez não resistiu e foi a óbito. O padrasto e a mãe o levaram para o hospital, alegando que o menino teria sofrido um acidente doméstico, onde após registrado o óbito e feito os exames de necropsia, a perícia apontou que a morte foi por hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente, portanto, com sinais de violência.

Na última semana, o vereador Dr. Jairinho, e a mãe de Henry, Monique Medeiros, concederam entrevista exclusiva a uma emissora de TV nacional. Diante de tamanha barbaridade cometida, podemos dizer que sim, Dr. Jairinho é um psicopata, e Monique foi cúmplice desse crime. Durante a entrevista, Monique chora de maneira que parece ser forçado. Ela não consegue transparecer sinceridade. Não diferentemente, o Dr. Jairinho, não demostra sentimento algum. Age como se nada tivesse acontecido e não consegue falar nada além de “Isso não foi um homicídio”. Sem falar que após a morte do menino Henry, mais denúncias de violência contra o vereador estão surgindo.

O que mais impressiona, é que outras pessoas, além da mãe, sabiam das agressões que o menino Henry sofria, mas nada faziam para cessar tamanha violência. Enquanto o caso do menino Henry segue sendo investigado pela justiça, no estado de Minas Gerais uma menina de apenas 3 anos, chamada Laura Orlandi, está sendo mantida sob os cuidados do pai, onde a menina relata que esta sendo abusada sexualmente pelo filho da madrasta. Um perfil no Instagram foi criado pela mãe de Laura, como pedido de ajuda, para que algo possa ser feito pela Justiça, pois, o pai da menina é advogado e está tendo um retorno benéfico. Mesmo com toda suspeita de abuso que a criança vem sofrendo, a Justiça concedeu ao pai a busca e apreensão da menina. Em publicações nas redes sociais, a mãe faz publicações de vídeos mostrando o desespero da menina ao ver o pai. A mãe também suplica por ajuda para tirar a menina de perto do pai antes que algo pior possa acontecer.

Ao falar de Henry e Laura, me vem a lembrança do caso da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, que foi morta após ser jogada pelo pai, Alexandre Nardoni, da janela do apartamento em que morava com a madrasta, Anna Carolina Jatobá,  em 2008.

Relato apenas esse casos, pois, são os mais recentes e que estão em evidência na mídia, sendo ciente de que a cada minuto, crimes horrendos estão acontecendo com muitas crianças, em todo o mundo. De acordo com o Instituto de Segurança Pública do estado do Rio de Janeiro, barbárie parecida com o caso de Henry, estiveram submetidas ao menos 292 crianças de até 11 anos no estado, somente em janeiro e fevereiro de 2021. São números muito altos, e isso em apenas um estado do Brasil.

Mais uma vez deixo registrado meu sentimento de revolta e impunidade diante da inércia não só da justiça brasileira, mas também, de toda uma sociedade que ainda insiste em fechar os olhos ao presenciar tais crimes. Qualquer tipo de violência precisa ser denunciado e os agressores precisam responder por seus atos. Por favor, não fechem os olhos. Denunciem.

Fonte: Adriany Santos
Créditos: Adriany Santos