A atitude de um grupo de alunos do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) chama a atenção da internet desde esta quinta-feira (27). Ao serem solicitados, pelo professor Otávio Curtiss, da disciplina da disciplina Casa Grande, a projetar um imóvel de alto padrão, com espaço separado para empregados – incluindo quartos e banheiros -, os estudantes se recusaram.
E não foi tudo: os alunos ainda elaboraram uma nota coletiva de repúdio postada no perfil do Diretório Acadêmico da Escola de Arquitetura (EAD), no Facebook. No texto, eles denunciam que o projeto “incorpora a senzala e reforça os moldes de dominação em pleno século 21”. A postagem tem quase mil compartilhamentos e mais de 2.3 mil curtidas.
“Como discutido em diversas disciplinas na EAD-UFMG, o quarto de empregada, por exemplo, tem como origem a segregação escravista. Ele surge como uma solução para separar empregados e patrões que permaneceram vivendo juntos após a abolição, em 1888”, ressalta a nota.
Procurado pelo Estado de Minas online, o professor Otávio Curtiss disse que não ter “interesse em entrar nessa questão”. “Os alunos não são obrigados a cursar essa disciplina para obterem o grau de arquitetos”, ressaltou. A Escola de Arquitetura, por sua vez, ressaltou que aguarda o departamento e o colegiado se manifestarem para se posicionar.
Fonte: NOTÍCIAS AO MINUTO