A multinacional White Martins afirma que comunicou o Governo Federal e o governo do estado do Amazonas sobre a dificuldade para a realização do fornecimento de oxigênio medicinal para Manaus. A empresa atua na fabricação de gases industriais e medicinais, conta com uma planta de produção na capital amazonense e é uma das principais fornecedoras da região, que sofre com a falta de oxigênio nos hospitais. O insumo é utilizado no tratamento de casos graves de Covid-19.
“O crescimento imprevisível e exponencial da demanda no início de 2021 também levou a empresa a comunicar formalmente de forma imediata e transparente às autoridades sobre a alta complexidade do fornecimento de oxigênio medicinal para Manaus, solicitando apoio diante de um cenário extremamente desafiador”, descreve comunicado enviado pela White Martins ao site da TV Cultura. Segundo a empresa, foram realizadas “reuniões periódicas com o Comitê de Crise do Governo do Estado do Amazonas e do Governo Federal” e “solicitação formal de apoio logístico ao Ministério da Saúde”.
A White Martins informa que o consumo de oxigênio na cidade aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias. “Esse consumo equivale a quase o triplo da capacidade nominal de produção da unidade local da White Martins em Manaus (25 mil m3/dia) e segue crescendo fora de controle e qualquer previsibilidade […] O consumo individual de boa parte dos hospitais do município já é mais do que o dobro da média de consumo dos maiores hospitais do país”, diz o texto.
A empresa afirma ter, em 2020, ampliado “até o limite máximo a capacidade de produção da planta de Manaus” e aumentado a estocagem do produto em forma líquida. Mesmo com as alterações e os esforços emergenciais, como a compra de oxigênio de fornecedores locais, a multinacional aponta que “ainda não é possível suprir toda a demanda de oxigênio crescente e jamais vista na região.”
Com a atual situação do estado, a White Martins aponta que está atuando em busca de importar produto vindo da Venezuela.
Ainda, a empresa pede que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) “autorize a flexibilização temporária, em caráter excepcional, do percentual mínimo de pureza do oxigênio medicinal produzido no estado do Amazonas”.
A Cultura procurou o Ministério da Saúde e o governo do estado do Amazonas sobre o assunto, mas não obteve resposta.
Fonte: Uol
Créditos: Polêmica Paraíba