Os idosos e os profissionais de saúde serão os primeiros públicos a serem vacinados pela Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza. A imunização começará em 23 de março.
De acordo com o Ministério da Saúde, a antecipação tem como objetivos facilitar e acelerar o diagnóstico da Covid-19 e evitar que o sistema de saúde fique sobrecarregado.
É importante destacar que a vacina não protege contra o novo coronavírus, mas, sim, contra tipos de influenza (como o H1N1). E justamente por isso pode ajudar no diagnóstico por eliminação dos profissionais de saúde com suspeita de Covid-19.
O segundo aspecto diz respeito ao fato de que o número de pessoas com síndromes gripais seria muito maior se não fosse promovida a campanha de vacinação, com muito mais pessoas ocupando leitos no sistema de saúde.
Antes, a campanha previa primeiramente imunizar as gestantes, crianças com até seis anos, mulheres até 45 dias após o parto e idosos. A mudança ocorreu para reforçar a prevenção de doenças respiratórias no público que mais tem sido afetado pelo novo coronavírus.
Os indivíduos com mais de 60 anos foram para o primeiro lugar da fila porque estudos mostram que estariam mais suscetíveis às complicações do novo coronavírus. Os sintomas mais graves surgem especialmente em pessoas mais velhas e com alguma doença crônica.
Os sintomas mais comuns entre esse grupo hospitalizado pelo coronavírus são febre, tosse e falta de ar. Dores musculares e de cabeça, assim como confusão mental, irritação na garganta e desconforto no peito também foram observados.
Vacinação contra influenza
A partir de 23 de março: idosos com mais de 60 anos ou trabalhadores de saúde podem tomar a vacina;
A partir de 16 de abril: é a vez dos professores e profissionais de segurança e de salvamento;
A partir de 9 de maio: crianças de seis meses a menores de seis anos, doentes crônicos, pessoas com 55 anos ou mais, grávidas, mães no pós parto, população indígena e portadores de condições especiais.
Mortalidade do coronavírus
O COVID-19 tem taxa de mortalidade estimada em 3,5%, com algumas diferenças entre os países com casos registrados.
É mais grave que a gripe, uma vez que mata um paciente infectado a cada mil casos, ou seja, com taxa de mortalidade de 0,1%, segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças.
“Continuam existindo grandes incógnitas sobre a taxa de letalidade do Covid-19, que varia provavelmente em função da qualidade dos sistemas de saúde. Dito isso, a estimativa é de que a taxa de mortalidade seja de 2%, ou seja, 20 vezes mais que os vírus da gripe que circulam atualmente”, explicou o professor François Balloux, do University College de Londres, em uma entrevista para uma emissora de TV internacional.
Entretanto, ele alerta que deve-se levar em consideração que a taxa de mortalidade é pouco confiável, pois ignora quantas pessoas estão realmente infectadas.
Sabendo que muitos pacientes apresentam poucos sintomas ou até mesmo não manifestam nenhum, o número de contágios é muito maior do que o detectado e, portanto, a taxa pode ser menor.
Fonte: pebmed
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