A Caixa Econômica Federal pagou obras na mansão em que o Pedro Guimarães mora em Brasília (DF) quando ele ainda era presidente do banco. A informação foi divulgada pelo jornal ‘Folha de São Paulo’ nesta terça-feira, 5. Guimarães renunciou à presidência do banco dia 29 de junho após múltiplas acusações de assédio sexual contra ele virem à tona.
Segundo a publicação, as obras foram feitas em julho de 2020 por funcionários de uma empresa que tem contratos com o banco para realização de serviços de manutenção nos prédios e agências da instituição, a EMIBM Engenharia. De acordo com relato de servidores da Caixa ao jornal, o custo das intervenções foi de aproximadamente R$ 50 mil.
O criminalista José Luis Oliveira Lima, advogado de Guimarães, confirmou a realização das obras e disse que elas foram autorizadas pelo setor de segurança após supostas ameaças recebidas pelo ex-presidente do banco.
A Caixa também afirma que as obras estão relacionadas à segurança de Guimarães, então presidente do banco, e são previstas em normas internas.
À época diretora executiva de Logística e Segurança da Caixa, Simone Benevides de Pinho Lima, também reforçou que tudo aconteceu “dentro do trâmite legal” e por razões “de segurança”. “Foi na época da ameaça do auxílio emergencial, dos falsários, que publicaram a ameaça na internet”, disse ela ao veículo.
No mesmo período, a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar um ataque hacker ao presidente após o banco fortalecer as medidas de segurança para evitar golpes no pagamento do auxílio emergencial. Um suspeito foi preso.
A casa foi alugada por Guimarães após ele deixar um apartamento mantido pelo banco em um hotel de luxo em Brasília.
Um dos funcionários da empresa EMIBM Engenharia afirmou à Folha que, salvo engano, foram 11 postes instalados na mansão do ex-presidente. Mas, segundo funcionários da Caixa, antes de instalar os postes de luz, Guimarães já tinha tentando passar para o banco uma outra despesa envolvendo o imóvel, mas a instituição negou o pedido.
Caixa e defesa de Guimarães
Em nota enviada para ‘Folha de São Paulo’, a Caixa afirma que disponibiliza “aparatos de segurança pessoal a empregados e dirigentes expostos a situação de risco”. Segundo o banco, a decisão de dar ao funcionário esse benefício é feita “por meio de adequada avaliação do grau de criticidade envolvido e da compatibilidade do instrumental necessário à prevenção de incidentes”.
Fonte: Polêmica PB
Créditos: Terra