Em menos de três meses, foram confirmados 682 óbitos em decorrência da doença e outros 1042 estão em investigação. O maior número de mortes se concentram no DF (153), seguido por Minas Gerais (114) e São Paulo (98).
Como mostrou a Folha, a vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), disse que alertou, no final de janeiro, a ministra da Saúde Nísia Trindade de que o cenário da dengue se agravaria este ano no país.
Na conversa, ela afirmou que Brasília detectou o surto por meio de um avançado sistema de detecção da doença, com uso de laboratórios especializados.
Em entrevista coletiva na quarta-feira (20), Trindade disse que a epidemia atual se diferenciou dos anos anteriores por ter tido início em estados das regiões sudeste e centro-oeste, e apresentou um padrão de crescimento muito acelerado no início do ano.
Investimento em prevenção
Foi publicada nesta quarta a Portaria 3.385 sobre financiamento federal excepcional para assistência farmacêutica. O ministério já liberou 79 bilhões por meio de portarias para os estados do Acre, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Santa Catarina e São Paulo, além de 244 municípios.
A destinação dos recursos da pasta se dá a pedido de municípios em situação de emergência. Para a ministra, a prioridade é impedir casos graves. “Salvar vidas, evitar mortes” é o mote do momento, disse.
Vacinas serão redestribuidas
Na quarta, a ministra da Saúde anunciou que a pasta está trabalhando para utilizar as vacinas que não foram usadas até o momento para redistribuir a estados e municípios em situação de emergência.
Vamos fazer a redistribuição das doses não aplicadas no município usando ranqueamento dos municípios que estão em situação de emergência por dengue
Ministra da Saúde
Diante da baixa adesão à vacinação iniciada em 9 de fevereiro, um novo ranking foi estabelecido pelo DPNI (Departamento do Programa Nacional de Imunizações) –com ampliação de estados e municípios.