O Brasil tem 37.359 mortes por coronavírus confirmadas até as 8h desta terça-feira (9), aponta um levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.
O consórcio divulgou na segunda-feira (8), às 20h, o primeiro balanço, com os dados mais atualizados das secretarias estaduais naquele momento. Depois desse balanço, três estados (SE, RR e GO) divulgaram novos dados.
Veja os dados atualizados às 8h desta terça-feira (9):
37.359 mortes
711.696 casos confirmados
(Na segunda-feira, 8, às 20h, o balanço indicou: 37.312 mortes, 849 novas mortes em 24 horas; e 710.887 casos confirmados)
Os dados foram obtidos após uma parceria inédita entre G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL, que passaram a trabalhar de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal. Personalidades do mundo político e jurídico, juntamente com entidades representativas de profissionais e veículos de imprensa, elogiaram a iniciativa.
O objetivo é que os brasileiros possam saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela Covid-19, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.
Das 20 cidades com maior mortalidade no Brasil, 12 estão no Amazonas e só quatro fora da Região Norte. No ranking, aparecem cinco capitais, nesta ordem: Belém (1°), Fortaleza (5°), Recife (11°), Manaus (13°) e Rio de Janeiro (15°).
Taxa de ocupação de leitos de UTI
Acre – 82,6% em todo o estado em 4/6
Alagoas – 79% em todo o estado 4/6
Amapá – 98,84% em todo o estado em 4/6
Amazonas – 70% em todo o estado em 3/6
Bahia – 71% em todo o estado em 5/6
Ceará – 76,30% em todo o estado em 8/6
Distrito Federal – 69,5% na rede privada e 42,24% na rede pública em 29/5
Espírito Santo – 85,14% em todo o estado em 4/6
Goiás – 46,6% dos leitos de gestão estadual, em todo o estado em 3/6
Maranhão –96,25% na Grande São Luís, 80,85% no interior e 85,2% em Imperatriz em 2/6
Mato Grosso – 37,6% em todo o estado em 4/6
Mato Grosso do Sul – 5,4% em todo o estado em 8/6
Minas Gerais – 71% em todo o estado em 8/6
Pará – 79% em todo o estado em 3/6
Paraíba – 67% em todo o estado em 5/6
Paraná – 40% em todo o estado em 4/6
Pernambuco – 98% em todo o estado em 3/6
Piauí – 61% em todo o estado em 24/5
Rio de Janeiro – 90% no SUS em todo o estado em 5/6
Rio Grande do Norte – 84% na rede pública e 71% na rede privada em 5/6
Rio Grande do Sul – 71,9% em todo o estado em 5/6
Rondônia – 77,9% em todo o estado em 3/6
Santa Catarina – 61,7% do sistema público em todo o estado em 3/6
São Paulo – 71% em todo o estado em 5/6
Sergipe – 68,3% na rede pública e 85% na rede privada em todo o estado em 4/6
Tocantins – 60% dos leitos ocupados em 3/6
Roraima não divulga a lotação dos leitos de UTI do estado.
Dados do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde também divulgou dados nesta segunda-feira (8). Segundo a pasta, houve 679 novos óbitos e 15.654 novos casos, somando 37.134 mortes e 707.412 casos desde o começo da pandemia. Ou seja, um número inferior ao divulgado pelo consórcio. A divulgação, porém, ocorreu horas antes.
A parceria entre os veículos de comunicação foi feita justamente em resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de Covid-19.
Mudanças feitas pelo Ministério da Saúde na publicação de seu balanço da pandemia reduziram a quantidade e a qualidade dos dados. Primeiro, o horário de divulgação, que era às 17h na gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta (até 17 de abril), passou para as 19h e depois para as 22h. Isso dificulta ou inviabiliza a publicação dos dados em telejornais e veículos impressos. “Acabou matéria no Jornal Nacional”, disse o presidente Jair Bolsonaro, em tom de deboche, ao comentar a mudança.
A segunda alteração foi de caráter qualitativo. O portal no qual o ministério divulga o número de mortos e contaminados foi retirado do ar na noite da última quinta-feira (4). Quando retornou, depois de mais de 19 horas, passou a apresentar apenas informações sobre os casos “novos”, ou seja, registrados no próprio dia. Desapareceram os números consolidados e o histórico da doença desde seu começo. Também foram eliminados do site os links para downloads de dados em formato de tabela, essenciais para análises de pesquisadores e jornalistas, e que alimentavam outras iniciativas de divulgação.
Entre os itens que deixaram de ser publicados estão: curva de casos novos por data de notificação e por semana epidemiológica; casos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica; mortes por data de notificação e por semana epidemiológica; e óbitos acumulados por data de notificação e por semana epidemiológica.
Neste domingo (7), o governo anunciou que voltaria a informar seus balanços sobre a doença. Mas mostrou números conflitantes, divulgados no intervalo de poucas horas.
Fonte: G1
Créditos: G1