Líderes políticos venezuelanos que estão exilados chegaram nesta quarta-feira (16) ao Brasil, a fim de se reunirem com o ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, hoje (17), na capital federal.
Na pauta do encontro entre o governo brasileiro e o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, o ex-presidente da Assembleia Nacional (AN) Julio Borges, e o número dois do partido Vontade Popular (VP), Carlos Vecchio, está a implementação de medidas de transição democrática no país vizinho.
O Brasil assinou, no âmbito do Grupo de Lima, que reúne 14 países, declaração conjunta em que não reconhece a legitimidade do segundo mandato do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e defende novas eleições. O país atua em consonância com a Organização dos Estados Americanos (OEA); a eleição de Maduro não foi reconhecida por mais de 40 países.
Além do trio citado acima, o time opositor será reforçado, de acordo com informações de O Globo, pelo presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), também no exílio, Miguel Ángel Martín, que chega nesta quinta-feira a Brasília.
Argentina
A crise no país vizinho também foi discutida pelo presidente Jair Bolsonaro, ontem (16), durante o primeiro encontro entre ele e o presidente argentino, Mauricio Macri.
Além de defenderem a transição, ambos rechaçaram a detenção do presidente da Assembleia Constituinte da Venezuela, Juan Guaidó, um dos principais líderes oposicionistas, no último domingo (13).
Guaidó, que estava com a mulher e a filha, foi tirado de forma violenta do carro em que viajava, e ficou durante cerca de uma hora sob o poder de agentes do serviço de inteligência do regime de Maduro.
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Créditos: Notícias ao Minuto