Na chegada ao ministério da Fazenda, na manhã desta sexta-feira (17/2), o ministro Fernando Haddad disse que a viagem para a Índia, onde ocorrerá a 1ª Reunião de Ministros de Finanças e Governadores de Bancos Centrais, na semana que vem, “prepara o terreno” para que o Brasil assuma a presidência do G20.
“A ida à Índia prepara o terreno para que o Brasil assuma a presidência do G20 a partir do ano que vem. Vai ser muito importante, porque o presidente Lula é uma autoridade mundial, uma pessoa muito respeitada pelos seus oito anos de governo e, por isso, a sua liderança vai ser muito importante para endereçar assuntos de interesse nacional e internacional na presidência do G20”, afirmou Haddad.
O Brasil na presidência do G20 organizará dezenas de reuniões ministeriais envolvendo os mais diversos temas, que incluem desde macroeconomia, finanças, agricultura, energia, meio ambiente, transformação digital, comércio, investimentos, até indústria e saúde.
Segundo o ministro da Fazenda, é muito “saudável” a participação do Brasil na reunião na Índia após o país ter ficado “isolado” nos últimos anos. Ele, contudo, não citou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Em minha primeira reunião do G20, eu vou apresentar as credenciais e os planos do governo Lula para a integração da nossa economia com a economia mundial. Nossa economia foi muito isolada. Acho que o mundo está celebrando o fato de que o Brasil voltou à mesa de negociação em busca de democracia, paz, combate à fome e prosperidade com justiça social”, falou.
Haddad disse que o Brasil “estava isolado dos Estados Unidos, da Europa, da Ásia e até da América do Sul”.
Reunião com Campos Neto
No centro de uma crise com o Banco Central, em razão das taxas de juros, o ministro se reuniu na quinta-feira (16/2) com o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, e com o Conselho Monetário Nacional (CMN).
O CMN é um conselho com poder deliberativo sobre o sistema financeiro brasileiro, responsável por definir normas e diretrizes gerais para o seu bom funcionamento. O órgão tem a responsabilidade de formular a política da moeda e do crédito no país. As reuniões do CMN acontecem uma vez por mês.
A respeito da reunião, Haddad disse que houve boa aproximação e que a participação da ministra do Planejamento, Simone Tebet, foi estratégica. “Primeira boa aproximação com a presença da Simone, tivemos um longo papo de duas horas. Conversamos sobre alinhar a política fiscal e monetária”, explicou.
Fonte: Polêmica Paraíba com Notícias ao Minuto
Créditos: Polêmica Paraíba