O Brasil ocupa a 10ª posição em ocorrência de partos prematuros. São 340 mil nascimentos de bebês nessas condições por ano, segundo a Unicef e o Ministério da Saúde, os números correspondem a 11,7% de todos os partos realizados no País. No Dia Mundial da Prematuridade, celebrado nesta terça-feira (17), a pediatra do Hapvida em João Pessoa, Ivna Toscano, esclarece que prematuros são recém nascidos que nascem com menos de 37 semanas de idade gestacional e destaca que eles necessitam de cuidados especiais.
Entre as características de um bebê prematuro estão o baixo peso ao nascer (menor que 2.500g), pequenos para idade gestacional, riscos de distúrbios metabólicos como hipoglicemia, risco de desconforto respiratório e necessidade de oxigenioterapia, risco de anemia, icterícia neonatal e problemas na retina. “Alguns fatores são causas para o parto prematuro como gestação gemelar, diabetes descompensado na gestante, hipertensão levando à eclâmpsia/pré-eclâmpsia, descolamento prematuro de placenta”, elenca.
Ivna Toscano afirma que todo bebê que nasce prematuro precisa passar pelo menos 48 horas hospitalizado para observação, mas isso vai depender da idade gestacional, das condições clínicas, se está tendo sucesso no aleitamento materno, se há bom ganho de peso. “Nos casos em que a idade gestacional é menor que 34 semanas, geralmente precisam de cuidados intensivos em ambiente de UTI ou UCI neonatal”, esclarece.
Entre os cuidados necessários com os bebês prematuros, a pediatra destaca a necessidade de manter temperatura do corpo normal, garantir que ele consiga respirar de forma adequada e sem esforço, cuidados com nutrição e deficiência de ferro e vitaminas; além da necessidade de uma abordagem multiprofissional na maioria dos casos de prematuros extremos com apoio da fisioterapia, nutrição, fonoaudiologia, neurologia e cardiologia.
Com relação às consequências em decorrência do nascimento prematuro Ivna afirma que elas existem. “As crianças que sofreram hipóxia intra-útero podem ter sequelas neurológicas, evoluindo com atraso do desenvolvimento e convulsões, assim como os prematuros extremos estão mais suscetíveis a sofrer hemorragias cranianas e devem ser acompanhados”, finaliza.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba