O ministro da Justiça, Sérgio Moro, disse nesta 4ª feira (16.jan.2019) que haverá uma revisão do tratado de extradição feito com a Argentina. A mudança foi anunciada durante a visita do presidente argentino, Mauricio Macri, a Brasília, e deve ser assinada ainda nesta 4ª feira.
Segundo Moro, a alteração será feita para agilizar a cooperação em casos de extradição.
“Existe 1 tratado de extradição 1 pouco antigo, feito em outra época, as formas de comunicação hoje são outras, e há a percepção de que há uma necessidade de sempre agilizar esses mecanismos de cooperação. Esse tratar vai permitir uma comunicação mais rápida entre os 2 países“, disse Moro, no Palácio do Planalto.
A decisão foi tomada pouco depois da prisão e extradição do ex-ativista italiano, Cesare Battisti, que estava escondido na Bolívia. No fim de 2017, após decisão do ex-presidente Michel Temer de extraditá-lo, Battisti fugiu para o país vizinho. O italiano estava refugiado no Brasil há 10 anos.
“Às vezes tem uma situação urgente. Precisa prender o cara. E se você seguir o canal diplomático, acontece igual o Battisti“, afirmou o ministro.
O italiano foi condenado no início dos anos 1990 pela Justiça da Itália por homicídio e organização de atos considerados terroristas.
O ex-ativista ficará em isolamento durante os 6 primeiros meses de prisão, na ala de segurança máxima do Presídio de Massama, em Oristano, na ilha da Sardenha.
MACRI NO BRASIL
O anúncio foi feito após reunião de Moro com ministros da comitiva que acompanha Macri. Estavam presentes os ministros argentinos Gérman Garavano (Justiça e Direitos Humanos), Patrícia Bullrich (Segurança Pública) e Gaston Schulmeister, diretor de Cooperação Internacional de Segurança.
Após o encontro, a comitiva e o presidente argentino se reuniram no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro.
É o 1º chefe de Estado a visitar Bolsonaro após a posse.
Fonte: PODER 360
Créditos: PODER 360