Segue caindo

Brasil deve cair mais uma posição e ficar em 13º no ranking das maiores economias em 2021; dez anos atrás, país era o 6º

Em 2011, na transição do governo Lula para o governo Dilma, o estudo da CEBR mostrava pela primeira vez o Brasil como sexta maior economia do mundo, à frente do Reino Unido

O Brasil cairá mais uma posição na liga das maiores economias do mundo em 2021. A previsão é da consultoria britânica CEBR que divulgou o estudo anual sobre as perspectivas da economia global. O estudo indica que o Brasil será ultrapassado pela Austrália e, assim, deve terminar o ano que vem como a 13ª maior potência econômica.

A queda do Brasil é resultado da expectativa de que a recuperação doméstica será menos vigorosa que o visto em outros países: a consultoria britânica prevê crescimento econômico brasileiro de 3,3% em 2021. O ritmo é inferior à expectativa para a Austrália, que deve ter expansão de 3,5%. Por isso, australianos devem ultrapassar os brasileiros.

Os EUA continuam sendo a maior economia, seguido da China, a surpresa positiva do ranking nos últimos anos, quando saiu da 5º, em 2005 para a 2º posição desde 2010. Em terceiro, o Japão e depois a Alemanha.

Além disso, a CEBR aponta para problemas estruturais que pioram o desempenho da economia brasileira. “Um problema que vai afetar o mercado de trabalho do Brasil que emerge no pós-Covid nos próximos anos é a fraca produtividade”, destaca o documento de 240 páginas. Para os economistas britânicos, a baixa produtividade do brasileiro é resultado do ambiente pouco amigável para os negócios e também é fruto do sistema tributário distorcido.

O Brasil já brilhou nesse ranking anual britânico. Em 2011, na transição do governo Lula para o governo Dilma, o estudo da CEBR mostrava pela primeira vez o Brasil como sexta maior economia do mundo, à frente do Reino Unido. O tema foi manchete de todos os principais jornais britânicos naquele ano.

Em 2011, o Brasil era beneficiado com a alta de preços das commodities exportadas pelo país – como soja e minério de ferro, o que serviu de motor para o crescimento da economia brasileira no pós-crise de 2008. Os números eram ainda beneficiados pela valorização do real, o que aumentava ainda mais o tamanho da economia quando convertida para dólares.

Mas, desde então, a situação mudou drasticamente. “O Brasil tem visto considerável instabilidade econômica e política desde a profunda recessão de 2015 e 2016. Além disso, a economia brasileira já estava em uma frágil situação antes da pandemia do coronavírus, com limitado espaço fiscal”, destaca a consultoria CEBR.

Veja a projeção do ranking para 2021

1º – EUA

2º – CHINA

3º – JAPÃO

4º – ALEMANHA

5º – REINO UNIDO

6º – ÍNDIA

7º – FRANÇA

8º – ITÁLIA

9º – CANADÁ

10º – COREIA DO SUL

11º – RÚSSIA

12º – AUSTRÁLIA – sobe uma posição

13º – BRASIL – cai uma posição

14º – ESPANHA

 

Fonte: Fernando Nakagawa/CNN e Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba