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Bolsonaro quer até sexta que Paulo Guedes apresente nova proposta para o Renda Brasil

Durante a reunião de terça-feira (25) no Palácio do Planalto, foi apresentado uma proposta previa a revisão ou extinção de outros benefícios, como o abono salarial, mas Bolsonaro não concordou. Nesta quarta-feira, o presidente avisou que não vai “tirar de pobres para dar a paupérrimos”.

O presidente Jair Bolsonaro aguarda até a próxima sexta-feira (28) para que o ministro Paulo Guedes (Economia), apresente uma nova proposta para o Renda Brasil, programa social que substituirá o Bolsa Família e deve ser a marca social do governo.

Durante a reunião de terça-feira (25) no Palácio do Planalto, foi apresentado uma proposta previa a revisão ou extinção de outros benefícios, como o abono salarial, mas Bolsonaro não concordou. Nesta quarta-feira, o presidente avisou que não vai “tirar de pobres para dar a paupérrimos”.

Uma nova reunião do presidente e os ministros está prevista para acontecer na próxima sexta. Ainda não há oficialização por parte Planalto. Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). Técnicos que trabalham no desenho do Renda Brasil se reuniram nesta quarta para dar início aos ajustes pedidos pelo presidente, que quer uma solução sem passar pela revisão do abono.

A avaliação na área econômica, porém, é que a revisão do abono salarial era “fundamental” para criar espaço no Orçamento para bancar o novo programa, que teria maior alcance e valor de benefício que o Bolsa Família. Só a extinção do abono, uma espécie de 14.º salário pago a trabalhadores com carteira assinada, poderia liberar cerca de R$ 20 bilhões.

Entre integrantes da equipe econômica, já há a percepção de que o Renda Brasil vai acabar com alcance e valor “não tão diferente” do Bolsa Família, que hoje paga em média R$ 190 a 14 milhões de famílias, diante das resistências do presidente em bancar a revisão dos programas considerados ineficientes e a necessidade de respeitar o teto de gastos (que limita o avanço das despesas à inflação).

Fonte: UOL
Créditos: UOL