O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira que não entende a “pressa” no desenvolvimento da vacina contra o novo coronavírus. Citando a hidroxicloroquina, Bolsonaro também questionou apoiadores se não seria mais fácil e barato “investir na cura do que na vacina”. A substância mencionada pelo presidente, no entanto, não tem eficácia contra a Covid-19 comprovada cientificamente.
Bolsonaro afirmou que o governo não “quer atropelar” a discussão sobre a vacina e comprar um imunizante sem “comprovação” científica. Ele disse que espera a publicação dos resultados dos imunizantes desenvolvidos contra a Covid-19 serem publicados em uma revista científica, para tomar uma decisão.
— Hoje vou encontrar com o ministro Pazuello da Saúde para tratar desse assunto, porque temos uma jornada pela frente, onde parece que foi judicializada essa questão, e entendo que essa não é uma questão de Justiça, é uma questão de saúde acima de tudo, não pode um juiz decidir se você pode ou não tomar vacina, isso não existe — afirmou.
— O que nós queremos é buscar a solução para o caso. Agora, pelo que tudo indica, a vacina que menos demorou até hoje foram quatro anos, eu não sei porque correr em cima dessa — disse, acrescentando:
— Eu dou minha opinião pessoal: não é mais fácil e barato investir na cura do que na vacina? Ou jogar nas duas, mas também não esquecer da cura? Eu, por exemplo, sou uma testemunha [da cura]. Eu tomei a hidroxicloroquina, outros tomaram a ivermectina, outros tomaram annita e deu certo — afirmou, no Palácio da Alvorada.
Segundo dados do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil tem 157.168 mortes por coronavírus confirmadas até as 8h desta segunda-feira, além de 5.393.759 infectados pela doença.
O presidente tem se posicionado de forma contrária à obrigatoriedade da vacina contra o novo coronavírus, principalmente após o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciar que a imunização será obrigatória no estado.
Fonte: O Globo
Créditos: O Globo