O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que a prisão de Michel Temer (MDB) aconteceu por causa da forma “equivocada” de governabilidade que ele buscou enquanto governou o Brasil. O presidente, que está em viagem diplomática no Chile, afirmou que a indicação de cargos em estatais para obtenção de apoio no parlamento gera ‘ineficiência do Estado e corrupção’.
A declaração de Bolsonaro foi realizada durante sua live semanal no Facebook, realizada todas as quintas-feiras. “Por que prisões de dois ex-presidentes? Pela forma de se buscar governabilidade. O chefe do executivo oferece Petrobrás, BNDES, estatais em troca de apoio político. O que acontece no futuro? Prisões. Ineficiência do Estado e corrupção”, opinou.
Bolsonaro afirmou que está sendo criticado por se recusar a utilizar a mesma prática no governo dele. “A imprensa diz que eu não estou ouvindo o parlamento. Se é para conversar com os parlamentares, vamos conversar. Acredito que eles defendem a proposta do Governo”, ponderou.
Viagem aos Estados Unidos
Bolsonaro rebateu as críticas feitas à liberação de vistos para americanos que queiram viajar para o Brasil.
“Penso de maneira diferente e acredito que será muito útil para o Brasil. Os brasileiros preferem ir para lá [Estados Unidos] porque tem muito mais segurança do que aqui, então precisamos urgentemente melhorar nossa segurança pública para melhorar o turismo”, afirmou.
Bolsonaro também voltou a fazer críticas ao ex-candidato a presidente, Fernando Haddad (PT). “Se o outro candidato tivesse ganho, estaria conversando com Maduro”, disparou.
Índice de aprovação no IBOPE
Bolsonaro ainda fez críticas à forma como a imprensa noticiou os números do Ibope, que demonstram uma diminuição do apoio dos brasileiros ao presidente. “Quero dizer que esse índice de aprovação tem a mesma credibilidade das pesquisas eleitorais. Esses institutos diziam que eu perderia para todo mundo no segundo turno”, lembrou.
Previdência dos militares
Bolsonaro defendeu a proposta de Reforma da Previdência dos militares apresentada ao Parlamento. Ele afirmou que é preciso levar em consideração as perdas que a categoria teve ao longo dos últimos governos.
“Tem que levar em conta não o que foi apresentado agora, mas o que já havia sido apresentado por FHC no anos 2000, que retirou todos os direitos dos militares. O que aconteceu? Foi aprovada. Então para levar em conta o que foi apresentado agora, tem que levar em conta o que foi apresentado antes”, pediu.
Apelo patriótico
O porta-voz do Governo, general Augusto Heleno, que também participou do ao vivo com o presidente, fez um apelo por apoio à Reforma da Previdência.
“Aquela parte da imprensa que sempre criticou o toma-la da cá, façam um exame de consciência. Comentem a necessidade de a gente buscar mudar um novo modelo, mostrar o que está acontecendo, o que essa troca de cargos está se transformando no Brasil”, pontuou.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba