Depois de o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, dizer que entraria com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) revele o paradeiro de seu pai, desaparecido em 1974, durante a ditadura militar, o chefe do executivo tentou, em live em suas redes sociais, amenizar a polêmica.
Durante uma gravação feita enquanto cortava o cabelo, Bolsonaro disse que o presidente da OAB tem todo o direito de criticá-lo, garantiu que não pretende polemizar nem ferir os sentimentos de ninguém e explicou que a informação que ele tem é que Francisco Santa Cruz fazia parte da AP (Ação Popular de Recife) que, segundo ele, era um dos grupos “mais sanguinários” da esquerda na época.
“Eles resolveram sumir com o pai do Santa Cruz, essa é a informação que eu tive na época sobre esse episódio. Porque, qual a tendência, eles não podiam ser descobertos, existia essa guerra naquele momento. Foi isso que aconteceu, não foram os militares que mataram ele não, tá? É muito fácil culpar os militares por tudo que acontece”, disse o presidente, em vídeo gravado na segunda-feira (29).
“Ninguém duvida, né, todo mundo tem certeza, que havia justiçamentos. Então as pessoas da própria esquerda, quando desconfiavam de alguém, simplesmente executava ali”, continuou. Mais cedo, Bolsonaro havia dito que sabia da história de Oliveira e que a contaria ao atual presidente da OAB “um dia, se ele quiser saber”, mas se antecipou e disse que “ele não vai querer ouvir a verdade”.
Fonte: Jovem Pan
Créditos: Jovem Pan