Durante passagem pelo cercadinho na manhã desta segunda-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar em fraude nas eleições presidenciais, cuja realização deve contar, na avaliação dele, com voto auditável. “Não quero brigar com ninguém. Como digo, nós todos queremos eleições limpas e transparentes. Porque, se não for assim, não é eleição. É fraude”, declarou. “Se não for assim, é sinal que já está escolhido quem vai nos comandar. E as pessoas que chegam na fraude não tem compromisso com vocês. Não sou Jairzinho paz e amor”, completou.
O presidente nunca apresentou provas de fraudes eleitorais, apesar de falar constantemente no assunto. Ele disse ainda que não acredita em pesquisas eleitorais. Afirmou que o Datafolha “recebeu pouco dinheiro” na realização do último levantamento que aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na frente na disputa para 2022. “O Datafolha recebeu pouca grana desta vez. Disse que o Lula tem 60% no 2º turno. Então tem que botar mais um dinheirinho para passar para 70%, 80%. Quem sabe, se a gente confiar no Datafolha nem vai votar, já está eleito mesmo”, disse.
Pesquisa Datafolha divulgada no último sábado (10) mostrou que o apoio a um possível impeachment do presidente chegou a 54% da população. Os que acham que o Congresso não deve abrir o processo foram 42%. Outros 4% não souberam responder. O levantamento foi realizado de 7 a 8 de julho, de forma presencial.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou na última sexta-feira (09) que quem se coloca contra a realização normal das eleições é “um inimigo da nação e alguém privado de algo muito importante para os brasileiros que é o patriotismo”. De acordo com ele, caberá apenas ao Legislativo decidir sobre eventuais mudanças no sistema de votação e, qualquer decisão tomada pelos congressistas, deverá ser respeitada.
O presidente do Senado também disse confiar na Justiça Eleitoral e não vê riscos de fraude no pleito eleitoral do ano que vem. Ele afirmou ainda que as eleições acontecerão porque “não se pode tirar do povo brasileiro seu direito sagrado de escolher seus representantes”.
Bolsonaro conversou com os visitantes antes de seguir para o Palácio do Planalto. A 1ª reunião do dia será com André Mendonça, advogado geral da União e possível indicado para ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Mendonça, se indicado e aprovado pelo Senado Federal, ocupará o lugar de Marco Aurélio Mello, que se despede do cargo depois de 31 anos prestando serviços à mais alta Corte do país. A indicação do presidente precisa ser publicada no DOU (Diário Oficial da União) em despacho encaminhado aos senadores.
Fonte: Poder360
Créditos: Polêmica Paraíba