O cerimonialista Valeriano Pinto Coelho Filho, eleitor do presidente Jair Bolsonaro, foi denunciado pela diarista Maria José Marques após ofendê-la e humilhá-la em áudios no WhatsApp. Os ataques começaram após ela desmarcar um dia de trabalho em Anápolis, a 55 km de Goiânia, por conta de outros compromissos. A denúncia à Polícia Civil foi feita por ela nesta segunda-feira (9).
No primeiro áudio, Maria diz que não poderia comparecer à faxina e aconselha Valeriano a chamar outra pessoa para o trabalho.
“Valeriano, não vou poder ir. O homem me ligou agora e estava me arrumando para ir para sua casa. O mocotó lá acabou e eu tenho que descer para fazer. Infelizmente, não vou poder ir, me desculpa aí. Tenta arrumar outra pessoa, tá bom?”, afirma.
Na sequência, o homem passa a atacá-la, inclusive com ameaças de agressões físicas.
“Com certeza vou arrumar outra pessoa. Pessoa digna de frequentar minha casa e limpar as minhas sujeiras. Você não é digna de limpar nada. Para mim, você não passa de um lixo. No dia que eu te ajudei com aqueles tijolos, foi por causa do [Nome de homem]. Dá vontade de ir aí e quebrar tijolo por tijolo na sua cabeça. Vai fazer mocotó que é comida de pobre. Isso que você sabe fazer. Tenho ódio de me misturar com gentalha como você. No dia que eu te ver na rua, gentalha, vou cuspir na sua cara. Não cruza meu caminho. Se você não tem hombridade de honrar seus compromissos, eu tenho”, responde o cerimonialista.
Em entrevistas, Valeriano reconheceu a agressividade da resposta, mas justificou dizendo que conhece a mulher há 15 anos e que ela é “de casa”. Maria José, no entanto, nega a amizade.
“Posso ter pego pesado no áudio mesmo porque estava muito irado. Mas todas as vezes que ela batia na minha porta, ajudava ela. Não é a primeira vez que brigamos por causa do não cumprimento da parte dela para comigo”, disse Valeriano Filho, em entrevista ao G1.
“Na hora fiquei puto, porque ia receber quatro clientes e ela não veio limpar a casa. Daí como eu tenho moral com ela, falei daquele jeito. Se não fosse conhecida, eu jamais falaria. Falei justamente porque ela é de dentro da minha casa”, afirmou ao Portal 6.
A diarista, por sua vez, afirma que trabalhou na casa dele apenas em algumas ocasiões e negou a proximidade. “Não sou de casa como ele diz. Ele não pode falar assim com uma faxineira. Não tem o por que ele fazer isso comigo ou com qualquer outro ser humano que tem convívio com ele”, desabafa Maria José.
A Polícia Civil guarda a representação criminal por parte da diarista para investigar o caso. Maria José disse que uma advogada está responsável por essa parte do processo.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: REVISTA FÓRUM