De acordo com informações da Polícia Civil de Mato Grosso, Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, acusado de matar com 17 facadas Benedito Cardoso dos Santos, de 42, após uma discussão política, gravou um vídeo do corpo da vítima e formatou o celular antes de entregar o aparelho a um amigo. Segundo o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, o telefone será periciado, na tentativa de recuperar a imagem.
O crime aconteceu na última quinta-feira (8/9), em uma propriedade rural a cerca de 34 km do município de Confresa (MT). Além das facadas, o autor, que é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), também tentou decapitar a vítima com um golpe de machado. Rafael, segundo as investigações, defendia o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao Metrópoles, o investigador informou que Rafael gravou um vídeo de Benedito já morto e foi até um amigo pedir carona para a zona urbana, na madrugada do dia 8. “Ele [Rafael] pediu uma carona para um amigo, mas não foi possível porque o veículo estava estragado. Mas, segundo a testemunha, ele teria admitido que tinha feito uma ‘besteira’ e mostrado o vídeo. Ele deixou o celular com a testemunha. No entanto, quando o aparelho foi apreendido, o celular já não tinha mais nada”, disse ele.
Conforme o delegado, a testemunha afirma que o vídeo mostrava o cadáver da vítima no chão. Porém, até o momento, a corporação não conseguiu acessar o material.
Ainda de acordo com o investigador, outras seis pessoas já foram ouvidas sobre o caso. Rafael está preso preventivamente na cadeia pública da cidade de Porto Alegre do Norte (MT), a cerca de 20 km de Confresa.
Entenda o caso
Os dois eram colegas de serviço e tiveram uma discussão política enquanto fumavam um cigarro. Segundo a polícia, após o desentendimento, Rafael 15 facadas na testa de Benedito.
Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram o momento em que o suspeito é preso. “Agora você passou da condição de testemunha para suspeito”, diz o agente no vídeo.
O homem será investigado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e meio cruel.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba