O estado de São Paulo registrou 327 novas mortes causadas pelo novo coronavírus nesta terça-feira (2). O número é o mais alto desde o início da pandemia. Também foram registrados 6.999 novos casos confirmados, número que também superar o recorde anterior.
Desde o início da pandemia, o total no estado chegou a 7.994 mortes causadas pelo novo coronavírus e 118.296 casos confirmados da doença.
Os números não significam, necessariamente, que as infecções e mortes aconteceram de um dia para o outro, porque o balanço estadual considera a data em que os diagnósticos foram contabilizados no sistema.
Nesta segunda-feira (1º) entrou em vigor o início da flexibilização da quarentena na capital, que permitiu a reabertura de alguns setores da economia em determinadas regiões do estado.
O recorde anterior de novos casos ocorreu na última quinta-feira (28), com 6.382 confirmações em um dia, logo após o anúncio da flexibilização gradual da quarentena para algumas regiões do estados, feito pelo governador João Doria (PSDB). Já o recorde de mortes anterior era do dia 19 de maio, quando foram confirmadas 324 mortes.
Internações estabilizadas e aumento da testagem
Em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes nesta terça, o comitê de saúde do estado de São Paulo atribuiu o avanço dos casos ao aumento da capacidade de testagem no estado. O governo defende que, apesar de mortes e casos estarem subindo, a epidemia está crescendo mais devagar.
Os números exatos de quantos testes são feitos por dia no estado, no entanto, ainda não foram divulgados.
“A nossa tendência com relação a internações é que, por enquanto, ela tá estabilizada, até reduzindo. O número de casos está aumentando, os 7 dias versus 7 dias anteriores, porque também nós estamos aumentando a testagem.
Então a nossa expectativa é que esse número cresça e ele deve crescer porque nós vamos testar muito mais”, afirma Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico.
De acordo como governo, o total de pessoas internadas para tratamento da doença caiu nesta terça (2). São 11.940 pacientes, sendo 7.479 em enfermaria e 4.461 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Na segunda, eram 12.920 internados, sendo 7.777 em enfermaria e 4.681 em UTI.
Apesar disso, a taxa de ocupação das UTIs voltou a subir. No estado o índice subiu de 69,3% para 73,5% de segunda para terça-feira. Na Grande São Paulo, o número foi de 83,2% para 85,3%, segundo a secretaria estadual.
As altas hospitalares de pacientes suspeitos e confirmados de coronavírus subiram para 22.265. Na segunda, o total de altas eram 21.470.
Isolamento social
O índice de isolamento social foi de 47% no estado de São Paulo nesta segunda-feira (1º). Na capital, o índice foi de 49%. A taxa estadual ficou 4 pontos percentuais abaixo do verificado na segunda passada (25 de maio): naquela data, o índice foi de 51% no estado e 53% na capital.
Na semana passada, no entanto, a segunda-feira era o último dia de um feriado prolongado na capital definido por uma antecipação de feriados municipais. A medida tinha como objetivo justamente aumentar as taxas de isolamento.
Critérios para flexibilizar isolamento
As medidas do sistema de saúde são agora utilizadas pelo governo do estado como principal critério no novo plano para definir quais municípios poderão flexibilizar as medidas de isolamento social.
O cálculo leva em consideração a capacidade hospitalar para cada 100 mil habitantes, ocupação de leitos de UTI da rede pública e privada, novas internações, novos casos e novas mortes nos últimos 7 dias.
A taxa de isolamento social, que vinha sendo adotada pelos governos estadual e municipal como um dos principais critérios para definição de medidas para contenção da doença – com índice mínimo de 55% – deixou de balizar as ações para flexibilização da quarentena com a reabertura gradual do comércio.
Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba