A CPI da Pandemia no Senado está sendo municiada de todos os artifícios contra o Governo Federal. Após denuncias de corrupção na aquisição de vacinas, agora foi a vez de chegarem à Comissão documentos que mostram a ação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) em páginas de ataques a adversários do governo. O material foi recolhido em processo movido pelos deputados federais Joice Hasselman (PSL-SP), Junior Bozzella (PSL-SP) e Julian Lemos (PSL-PB), em que eles se dizem vítimas desses grupos. As informações são do Poder360.
No documento, são listados nomes de pessoas que operaram páginas, perfis ou grupos de mensagens que defendem o governo e publicam contra adversários de Jair Bolsonaro. Até agora, os nomes dessas pessoas citadas no processo, que está sob sigilo, não haviam sido divulgados. Na lista:
Eduardo Bolsonaro – deputado e filho de Jair Bolsonaro;
Eduardo Guimarães – assessor de Eduardo Bolsonaro;
Alexandre Magno Conceição – assessor de Eduardo Bolsonaro;
Simara Pires Salomão – mulher de Edson Pires Salomão, assessor do deputado estadual Douglas Garcia (PTB-SP);
Eduardo dos Santos Martins – assessor de Douglas Garcia (PTB-SP);
Rinaldo Escudeiro – militante bolsonarista;
Lucas Ferreira da Silva – militante bolsonarista.
Os 3 deputados que abriram o processo diziam ser alvo de ataques coordenados. Eles suspeitavam do uso de dinheiro público. Em um dos processos, a defesa mostra uma lista de publicações feitas no horário de trabalho por assessores do deputado estadual paulista Douglas Garcia (PSL). “Os documentos apresentados pela Vivo demonstram as ofensas organizadas pelo réu Douglas Garcia mediante a utilização dos seus servidores do gabinete, pagos com dinheiro público“, diz trecho do processo.
A atividade de Eduardo Bolsonaro foi revelada em quebra de sigilo da Claro.
Os documentos foram entregues pelo deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), na última quinta-feira (1º). Segundo Frota, as pessoas identificadas no processo estariam usando o mesmo sistema para atacar a CPI. “É a mesma operação que a gente identificou no passado. Continuam usando esse expediente da intimidação para tentar calar quem é crítico”, disse o deputado. Segundo ele, há e-mails e mensagens de apps no material mostrando as ações do grupo.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) fez um requerimento de dados à CPMI das Fake News na semana passada, o que trouxe o tema de volta à discussão. Por ora, a CPI não deve se debruçar sobre o assunto. O foco vai continuar sendo os contratos de compras de vacinas. Em um segundo momento, os dados devem voltar para as investigações.
CPMI das Fake News
No início dos trabalhos, Omar Aziz também solicitou acesso ao acervo da CPMI das Fake News. No dia 22 de maio, Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da comissão paralisada em março do ano passado devido à pandemia, disse não ver muita semelhança nos casos e sugeriu alguns achados. “Esta presidência conseguiu identificar pouca correlação entre os documentos recebidos por esta CPMI e o objeto de investigação da CPI da Pandemia“, disse Angelo Coronel.
Outro lado
A assessoria de imprensa do deputado federal Eduardo Bolsonaro foi procurada, mas não se posicionou. A assessoria de Douglas Garcia disse não haver correlação entre as duas investigações. “Acontecimentos são distintos e tiveram ocorrência em períodos diferentes”, disse.
Fonte: Poder360
Créditos: Polêmica Paraíba