Após as críticas do presidente da CPI da Pandemia, Omar Aziz (PSD-AM) ao que chamou de “nomes sujos” das Forças Armadas que entraram no Governo e participam dos esquemas de corrupção, o Ministério da Defesa, comandado por um militar do Exército, divulgou uma nota considerada arbitrária com ataques ao senador e tom de ameaça. Na mesma noite em que o Ministério da Defesa divulgou a nota pública, integrantes das Forças Armadas entraram em contato com parlamentares governistas e de oposição para evitar que a manifestação crie um degaste institucional na relação com o Senado Federal.
Segundo relatos feitos à CNN, generais da ativa telefonaram para senadores na quarta-feira (07) para justificar que o posicionamento público foi um episódio pontual, uma crítica a uma declaração do presidente da CPI da Pandemia, e não um ataque ao Senado Federal. No comunicado, o Ministério da Defesa ressaltou que Aziz “desrespeitou” os militares e “generalizou esquemas de corrupção”. “Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável”, registrou a nota pública.
Em sessão na quarta-feira (07), Omar Aziz não generalizou as críticas, pelo contrário, fez ponderações e disse que “os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.
Segundo relatos de auxiliares presidenciais, o comunicado público do Ministério teve respaldo do Palácio do Planalto para ser divulgado. O tom adotado na nota, no entanto, dividiu militares do governo. Para alguns militares palacianos, era necessário um posicionamento em defesa das Forças Armadas, mas os ataques feitos a Omar Aziz foram, na avaliação deles, exagerados.
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba