O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, abriu a sessão desta quinta-feira, 14, expressando sua preocupação com a possibilidade de anistia a quem comete atentados contra a democracia. Durante o discurso, o primeiro após as explosões na Praça dos Três Poderes em Brasília na quarta-feira, 13. “Como país e como sociedade, nós precisamos fazer uma reflexão profunda sobre o que está acontecendo entre nós”, disse.
Barroso afirmou: “Quem defende anistiar golpistas quer perdoar sem antes sequer condenar”.
As explosões foram provocadas por Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que acionou uma série de artefatos na área em frente ao STF e morreu após ser atingido por uma das detonações. O corpo do homem só foi removido do local à\sz 9h desta quinta-feira.
O presidente ainda destacou a afirmação do Andrei Rodrigues, Diretor-Geral da Polícia Federal, de que o autor do mantinha uma quantidade expressiva de explosivos em uma casa alugada por ele em Ceilândia (DF).
Durante sua fala, Barroso expressou preocupação com o estado atual do país e questionou: “Onde foi que nós perdemos a luz da nossa alma afetuosa, alegre e fraterna para a escuridão do ódio, da agressividade e da violência?”.
O ministro relembrou ataques às instituições do Judiciário, incluindo ofensas do ex-deputado Daniel Silveira e ações de extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele destacou ainda os atos golpistas de 8 de janeiro como um exemplo de discurso de ódio que culminou em violência.
Fonte: Terra