lady do crime

Apelidada de 'Princesa', suspeita de chefiar tráfico e ostentar vida de luxo é presa

Pão com Ovo, só no apelido do marido. A Princesa vivia uma vida de luxo na zona sul quando foi presa nesta quarta-feira pela Policia Civil do Rio de Janeiro. Não à toa, era assim que Angela Cristine Polisseni era chamada. Esposa de um dos chefes do tráfico em Niterói, ela esbanjava, sem levantar suspeitas, o dinheiro que a venda de drogas lhe proporcionava.

Princesa foi presa nesta manhã na operação “Background”, executada após investigação desenvolvida pela 78ª Delegacia de Polícia de Niterói, que descobriu um grande esquema de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e corrupção. Além dela, também foi levado o advogado do esquema, Mauro Silva Sant’Anna. Luiz Cláudio Gomes, o Pão com Ovo, já estava preso desde 2015.

As investigações da polícia apontam que o casal comandava o tráfico de drogas na comunidade Nova Brasília, em Fonseca, na zona norte de Niterói. Mas Princesa vivia uma vida luxuosa no outro lado da cidade, na zona sul. Ainda segundo divulgou a polícia, ela tinha um motorista particular, passava férias no Caribe e era “frequentadora assídua de academias, salões de beleza e lojas de grife da alta sociedade niteroiense”.

Dinheiro não faltava. Só com o tráfico de drogas, a organização, ligada ao Comando Vermelho, movimentava cerca de R$ 1 milhão por mês. O casal tinha casas em Niterói, Cabo Frio e Saquarema. Quando Pão com Ovo foi preso em Fortaleza (CE), há quase dois anos, Princesa assumiu o comando do célula, servindo de elo entre o marido, deito em Bangu 3, e os demais traficantes do grupo.

Já o advogado, tratado pela polícia como “Doutor Mauro”, foi preso em Santa Bárbara. Pelo que explicou a Polícia Civil, ele prestava auxílio jurídico para ocultar o patrimônio adquirido com o dinheiro ilícito e ainda intermediava “o pagamento de propina a agentes públicos para que não houvesse repressão ao tráfico de drogas nas bocas de fumo localidade”.

Ainda de acordo com a polícia, Pão com Ovo era dos bandidos mais sanguinários da região. Entre as acusações que pesam contra ele está a morte de um sargento da polícia militar, assassinado em fevereiro de 2014 com mais de 50 tiros, em represália por ele impedir a realização de bailes nas favelas da localidade.

Créditos: UOL