A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai votar na próxima terça-feira a regulamentação do uso medicinal de produtos à base de cannabis. Na reunião desta terça-feira (03), o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), William Dib, tentou colocar em pauta a votação do tema após os dois conselheiros que tinham pedido vista da questão, Antônio Barra e Fernando Mendes afirmarem que já estão com o voto pronto.
Dib, que é relator das medidas que propões regulamentação da produção de produtos à base de cannabis e do plantio controlado de maconha , sugeriu inverter a pauta desta terça-feira para que os votos fossem lidos ainda hoje. O diretor Antonio Barra argumentou, no entanto, que a votação deveria ficar para a próxima semana para dar ” transparência” ao tema e proteger a diretoria colegiada de críticas.
“Devemos primar pelo rito para que não haja nenhum arranhão”, defendeu Barra.
Embora o diretor Fernando Mendes, que também tinha pedido vista, tenha concordado com a leitura do voto na reunião desta terça, o colegiado acabou decidindo deixar a discussão para a próxima semana.
“A proposta de Antonio Barra vai de encontro ao meus anseios. Não há nenhum problema de adiar (a votação) para a semana que vem “, disse Dib.
O diretor-presidente pediu ainda que, caso necessário, seja convocada outra reunião extraordinária no dia 17 de dezembro para dar conta de todos os itens da pauta da diretoria colegiada.
Pouco antes do início da reunião da Anvisa, o ministro da cidadania, Osmar Terra, criticou Dib e disse que o diretor da Anvisa estava no ” desespero” em aprovar a liberação do plantio da maconha . Em um post no Twitter, o ministro afirmou que ” o lobby de grandes empresas brasileiras e canadenses cobram essa liberação”.
“Está em sintonia com Lobby de empresas estrangeiras que querem lucrar em cima do vício de nossos jovens” mencionou Terra em outra publicação.
No dia 15 de outubro, dois conselheiros da Anvisa pediram vista sobre o processo de discussão da regulamentação da maconha medicinal. Na ocasião, Barra argumentou que era necessário realizar mais estudos sobre o tema. Ele pediu vista sobre a medida que pretendia regulamentar o plantio controlado de cannabis.
Já Mendes pediu vista em relação à proposta de regulamentação de medicamentos à base da planta. Relator da questão, Dib já havia se manifestado a favor da autorização do plantio e da regulamentação de medicamentos.
Fonte: Agência Brasil
Créditos: Agência Brasil