A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta quarta-feira o pedido de uso emergencial da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório Janssen, do grupo Johnson & Johnson. A aprovação aconteceu após a votação dos diretores da Anvisa. É a quinta vacina contra a doença autorizada pela agência. Neste mês, o governo federal anunciou a compra de 38 milhões de doses da vacina cuja entrega está prevista para o segundo semestre.
A vacina da Janssen envolveu testes clínicos realizados em diferentes países, inclusive o Brasil. Segundo o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, a taxa de eficácia média da vacina é de 66,9% e pode ser aplicada em pessoas acima de 18 anos com ou sem comorbidade, incluindo idosos. Segundo ele, a agência constatou a segurança da vacina e ela pode ser usada em caráter emergencial sem oferecer risco à população. Segundo os estudos, a proteção oferecida pela vacina acontece após 14 dias da aplicação.
A vacina é de dose única. Segundo a Anvisa, ela poder ser armazenada por até três meses em temperaturas entre 2ºC e 8ºC. Após a abertura do frasco, ele deverá ser conservada por até seis horas em temperaturas entre 2ºC e 8ºC.
Segundo o gerente Gustavo Mendes, a vacina tem efeito para impedir o desenvolvimento de casos graves da doença, mas não há comprovação de que a vacina impeça a transmissão da doença de pessoa para pessoa. Mendes ressaltou que nenhuma vacina contra a Covid-19 autorizada até agora pela agência teria efeito sobre a transmissão da doença.
— Não temos evidência de que a vacina evite a transmissão de pessoa pra pessoa — disse Mendes.
Até agora, há cinco vacinas contra a Covid-19 aprovadas pela Anvisa. Em caráter emergencial estão autorizadas as vacinas CoronaVac (desenvolvida pelo Instituto Butantã e pela Sinovac), Covishield (desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca) e a da Janssen. Em caráter definitivo foram autorizadas as vacinas da Pfizer e a desenvolvida pela parceria entre a Universidade de Oxford, AstraZeneca e Fundação Oswaldo Cruz Fiocruz.
Fonte: POLÊMICA PARAÍBA
Créditos: O Globo