A deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) recorre à Organização das Nações Unidas (ONU) para cobrar um posicionamento do governo de Jair Bolsonaro sobre as ameaças de morte que vem recebendo ao longo de sua carreira política. A parlamentar pede que as relatoras de direitos humanos da entidade cobrem explicações e atitudes não apenas sobre seu caso, mas em relação a todas as mulheres brasileiras ameaçadas por violência política.
Em entrevista à coluna de Jamil Chade, no UOL, Talíria diz que a Polícia Civil do Rio de Janeiro possui mais de cinco gravações de pessoas tramando a sua morte. De acordo com ela, ameaças começaram em 2016, quando ela ganhou sua primeira eleição no Rio. Tanto o governo federal quanto o estadual, diz, negaram a ela qualquer tipo de proteção.
“Como se as ameaças anteriores à minha vida não fossem suficientes, alguns dias após o nascimento de minha filha, recebi novas ameaças. Em junho de 2020, a linha telefônica “Disque Denúncia” da Polícia do Rio de Janeiro noticiou à Câmara dos Deputados que havia mais de cinco gravações de pessoas falando sobre a minha morte”, declarou Talíria à coluna.
“Tenho recebido ameaças contra minha vida desde minha primeira eleição em 2016 para a Câmara Municipal de Niterói, no estado do Rio de Janeiro”, contou. “No início, não percebi como este tipo de intimidação poderia ser grave. Entretanto, após o assassinato de minha companheira e amiga Marielle Franco, eleita no mesmo ano, percebi o perigo real”, continuou.
Fonte: Fórum
Créditos: Polêmica Paraíba