Eleições da câmara

Alcolumbre é favorito no Senado, onde enfrenta quatro concorrentes - Por Nonato Guedes

Alcolumbre é favorito no Senado, onde enfrenta quatro concorrentes - Por Nonato Guedes

    O senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, é favorito para se eleger presidente do Senado Federal no pleito de amanhã em Brasília, mas há mais quatro postulantes ao cargo: Marcos Pontes, do PL-SP, Soraya Thronicke (Podemos-MS), Marcos do Val (Podemos-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE). Alcolumbre já presidiu a Casa e, agora, sua candidatura reúne o apoio de 10 partidos, no total uma bancada de 76 senadores. Para se eleger em primeiro turno, o candidato precisa da maioria absoluta de 41 dos 81 senadores. A senadora paraibana Daniella Ribeiro (PSD) deverá ser contemplada com a primeira-secretaria na nova composição da Mesa Diretora.

           Favorito desde sempre, Alcolumbre não encontrou resistência. Sem adversários à altura, costurou pelas bordas com o apoio do PDT, PSB e PP até selar seu destino com o embarque do PT, PL e PSD – esta última, a maior bancada da Casa, aderiu à sua campanha à revelia de Eliziane Gama (PSD-BA), que chegou a anunciar uma pré-candidatura sem qualquer apoio. Ao conseguir atrair para seu lado as maiores bancadas da Casa, Alcolumbre esvaziou as candidaturas adversárias e consolidou um cenário que deve se manter inalterado. Ele já ocupou o posto de 2019 a 2021 e atualmente chefia a Comissão de Constituição e Justiça. Tem o apoio do governo Lula, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do atual presidente da Casa Alta, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

          O senador paraibano Efraim Filho, do União Brasil, que já se encontra em Brasília para participar das articulações, afirmou a jornalistas, ontem, que se sentirá honrado em ser líder do partido na gestão do presidente do Senado. Em relação aos demais nomes, destaca-se o senador Marcos Pontes que lançou uma candidatura avulsa por não ter o apoio do PL de Jair Bolsonaro. Ele foi criticado pelo ex-presidente, que disse ser lamentável o seu ex-ministro concorrer na disputa. Pontes garantiu que, se eleito, pretende desengavetar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro.

            – Existem mais de 20 pedidos de impeachment estacionados, um deles assinado por mais de 150 deputados e mais de 1,5 milhão de brasileiros – comentou, acrescentando que uma eventual presidência do PL no Senado ajudaria a reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro. Já Eduardo Girão, do CE, único integrante do Novo no Senado, é um dos maiores críticos da atuação do STF na Casa. Ele disse que dará prosseguimento a pelo menos um dos 60 pedidos de impeachment contra ministros da Corte. “É um clamor crescente da sociedade o impeachment de ministros do STF”, enfatizou.