O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou nesta quarta-feira (24) que vai marcar a sabatina de André Mendonça, indicado de Jair Bolsonaro (sem partido) para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
A expectativa é que Alcolumbre faça um gesto a líderes religiosos e realize a sessão na terça (30), Dia do Evangélico.
Alcolumbre pode dar fim, em curto prazo, a um imbróglio que se arrasta há 4 meses: a expectativa é a de que a sabatina ocorra já na semana que vem. Resta saber quem Alcolumbre indicará como relator do caso. Tanto aliados de Alcolumbre, como de Mendonça, dizem que o clima arrefeceu nos últimos dias.
De um lado, a pressão da base do governo subiu, diante do risco de que o vácuo na indicação da sabatina contaminasse a discussão na CCJ da Proposta de Emenda Constitucional que modifica a ordem de pagamento de dívidas da União, os precatórios, para abrir espaço no Orçamento ao Auxílio Brasil, programa eleitoreiro do governo.
De outro, Mendonça aproveitou a presença de um aliado de Alcolumbre, o deputado Pedro Da Lua (PSC-AP), em um jantar com líderes da Frente Evangélica do Congresso para reduzir as diferenças. O evento ocorreu nesta semana.
Durante o encontro, aliados de Mendonça sugeriram a Da Lua que sabatina fosse realizada no Dia do Evangélico. De acordo com relatos feitos, os parlamentares disseram que seria um importante gesto do senador aos religiosos.
Da Lua afirmou que foi ao jantar com a anuência de Alcolumbre. “Minha missão foi a de construir pontes, e não erguer muros”. O deputado disse ter encontrado um clima bastante amistoso em relação ao presidente da CCJ e entendeu que Mendonça não está dispostos a usar a cadeira do Supremo para retaliações.
Fonte: Polêmica Paraíba com CNN
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