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É do Brasil! Pela primeira vez na História, o país venceu um Oscar. “Ainda estou aqui”, dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, foi escolhido melhor filme internacional na 97ª cerimônia de entrega dos Academy Awards, que aconteceu neste domingo de carnaval (2). O longa-metragem bateu “Emilia Pérez” (França), “Flow” (Letônia), “A semente do fruto sagrado” (Alemanha) e “A garota da agulha” (Dinamarca).
O prêmio foi entregue pela atriz Penélope Cruz e recebido pelo diretor Walter Salles.
“Obrigada, primeiramente, em nome do cinema brasileiro. Eu estou muito honrado em receber isso nesse grupo extraordinário de cineastas”, disse Walter Salles, que dedicou o prêmio a Eunice Paiva, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro. “Isso vai para uma mulher que depois de uma perda, sofrida por causa de um regime autoritário, decidiu não se curvar e resistir. Esse prêmio vai para ela, o nome dela era Eunice Paiva. E vai para duas mulheres extraordinárias que deram vida a ela: Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”.
A história das telas
O filme conta a trajetória de Eunice Paiva, mulher do ex-deputado Rubens Paiva, que é sequestrado, torturado e morto por oficiais do Exército durante a ditadura civil-militar em 1971. Sem o marido e ela também vítima da brutalidade do Estado, Eunice passa a ser o esteio de uma família de cinco filhos. O roteiro é uma adaptação do livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, um dos filhos de Eunice e Rubens.
Além dos elogios da crítica internacinal, “Ainda estou aqui” é um fenômeno nas salas do Brasil, onde já vendeu mais de 5,2 milhões de ingressos e arrecadou R$ 105 milhões nas bilheterias, o maior sucesso comercial nacional desde a pandemia de Covid-19.
O Globo