Por Octavio Guedes – G1
Qual foi a maior mentira que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello contou em seu primeiro dia de depoimento na CPI da Covid? Para este humilde blog, foi ao ser perguntado se havia tomado cloroquina quando pegou Covid.
“Quando você pega a doença, você se agarra em qualquer coisa. Então, eu vou dizer uma coisa para o senhor: se mandassem tomar água-benta, eu tomava água-benta”, disse Pazuello.
Três horas depois, ele passou mal. Tinha duas opções: reconhecer a ciência e chamar um médico ou se agarrar a qualquer coisa, como afirmara sob juramento.
Qualquer coisa tem nome e sobrenome nesta CPI da Covid. Chama-se Luis Carlos Heinze (Progressistas-RS), o senador do Rio Grande do Sul que é formado em agronomia, mas vive dando “aula de medicina” em suas intervenções, defendendo a cloroquina. O remédio não tem eficácia comprovada no tratamento contra a Covid. A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem alertando desde o segundo semestre do ano passado que a cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina não tem eficácia comprovada contra a Covid-19 e podem provocar efeitos colaterais.
A ciência também tem nome e sobrenome na CPI. Chama-se Otto Alencar (PSD-BA). O senador é médico. Entende do riscado e já socorreu dois colegas que passaram mal em plenário: Cid Gomes e Kajuru.
Pois bem, na hora em que o bicho pegou, a assessoria de Pazuello procurou o médico. Não foi buscar o agrônomo e suas “fórmulas milagrosas”. Otto salvou mais um e Pazuello, como paciente, prestigiou a ciência, coisa que não fez como ministro da Saúde.
Conclusão
Por isso, este blog considera que a água benta foi sua maior mentira. Cruz credo.
Fonte: Octavio Guedes
Créditos: Blog do Octavio Guedes – G1