A mudança deve partir de mim e de você como indivíduos que podem mudar de verdade uma cidade - Por Rubens Nóbrega

As eleições acabaram! Aleluia! Se os seus candidatos foram eleitos, parabéns. Você é diretamente responsável pelo resultado desta eleição e também tem a responsabilidade de cobrar diligentemente dos governantes as mudanças mais que necessárias para que a população sofra menos e seja melhor assistida.

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Mudança fazemos nós – ( Do jornal da Paraíba) As eleições acabaram! Aleluia! Se os seus candidatos foram eleitos, parabéns. Você é diretamente responsável pelo resultado desta eleição e também tem a responsabilidade de cobrar diligentemente dos governantes as mudanças mais que necessárias para que a população sofra menos e seja melhor assistida.

Por falar em mudança, sugiro breve reflexão: nunca acredite que mudar uma nação dependa exclusivamente ou passe primeiramente pelos altos escalões. A mudança deve partir de mim e de você como indivíduos que podem mudar de verdade uma cidade, um estado, um país, começando por nossas atitudes e posições diárias.
Como exemplo lembro o comportamento de quem defende essa ou aquela candidatura por interesse próprio, para manter ou conquistar benesses. Se pessoas assim não mudam, como podem querer mudar alguma coisa? Como alguém pode querer mudar uma situação que afeta muitos se só pensa no seu próprio bem e não no bem da maioria?
Queremos mudança? Comecemos por nós mesmos, então! Adotemos uma postura ética no nosso dia-a-dia. Nada de furar fila, tentar subornar guardas de trânsito, estacionar em vagas reservadas para portadores de necessidades especiais ou na frente de garagens. Nada de “foi só essa vez” ou “só por um minutinho” ou mesmo “ninguém está olhando”.
Você, individualmente, é mais importante para o processo de mudança do nosso país do que qualquer detentor de cargo político. A soma das boas individualidades tem uma força transformadora que nenhum mandato consegue. Procure transformar o mundo à sua volta, sendo você a primeira, grande e necessária mudança.
(Texto de Túlio Nóbrega)

 

Quem é o autor

Túlio Nóbrega é um exemplar cidadão paraibano, pai de Davi, marido de Andrea, irmão de Danuta e de Ila, além de filho do colunista, pai mais do que orgulhoso (no bom sentido) da prole que tem, pois, sem modéstia alguma, garanto que só tem assim. Da melhor qualidade.


Pobre Ricardo

A única coisa que me surpreendeu no discurso da vitória do governador reeleito, conforme áudio que ouvi ontem na CBN João Pessoa, foi ele dizer que fez uma campanha ‘modesta’, no sentido financeiro da palavra. Deve ter sido ironia. Vai ver, usou de sarcasmo para ‘tirar uma’ com a cara dos adversários. Ou, então, seu staff o manteve completamente alheio ao numerário que entrou durante a jornada. Pode ser também que ele tenha mudado radicalmente sua escala de valores, ao ponto de considerar ninharia uma despesa da ordem de R$ 10,5 milhões. Porque foi isso que sua campanha declarou como gasto à Justiça Eleitoral. Detalhe: apenas no primeiro turno.
No mais, nenhuma surpresa. Nem mesmo quando, para enaltecer ainda mais sua façanha eleitoral, disse ter enfrentado um poderoso esquema de oposição do qual fariam parte uma parte da mídia e outros segmentos extrapartidários que preferiu não nominar. Como se isso fosse páreo para a estrutura de poder – político e econômico – de que ele dispôs e dispõe. Como se servidores públicos ou pequenos comerciantes insatisfeitos fossem capazes de rivalizar com o exército de mais de 30 mil contratados pelo governo, entre prestadores de serviço, comissionados, codificados, estagiários e temporários de toda sorte. Como se não tivesse disputado essa eleição com enormes vantagens competitivas em relação ao adversário. Como se não tivesse contado com o apoio do PMDB e do PT ou como se esses partidos e suas lideranças não tivessem contribuído um tico para lhe aumentar a votação de um turno pra outro.
Reação às ofensas

A vitória da Presidente Dilma gerou nova onda de ofensas aos nordestinos nas redes sociais da Internet. Mas dessa vez a reação foi bastante e bem mais expressiva do que aquela de primeiro turno. Melhor ainda, alguns portais abriram espaço para orientar como devem proceder as pessoas injuriadas. Pois bem, a quem precisa recomendo visitar o blog MundoBit (blogs.ne10.uol.com.br/mundobit), que ensina o seguinte:
• onde não houver delegacia especializada em crimes cibernéticos, como infelizmente é o caso da Paraíba, procure a delegacia mais próxima e preste queixa;
• leve todas as provas que puder, imprimindo, ‘printando’ ou salvando as postagens ofensivas da forma mais completa e segura possível (guardando os cabeçalhos);
• se pretende levar o caso à Justiça, vá ao cartório e faça declaração de fé pública de que o crime existiu e/ou registre ata notarial com o conteúdo ofensivo;
• no caso de calúnia (ser acusado falsamente de crime) ou difamação (ser ‘esculhambado’ por alguém), é preciso registrar queixa na Polícia;
• se for incitação ao crime contra nordestinos, você pode recorrer ainda à Central Nacional de Crimes Cibernéticos (new.netica.org.br/site/institucional/projetos/cnd).
Deformação
O ataque ao povo do Nordeste parte de gente extremamente preconceituosa, intolerantes, além de mal informada, como disse FHC de nós. Ou, como diz agora o colunista, gente deformada. A deformação é tamanha que essa gente esquece uma verdade bem simples: nordestino deu vitória a Dilma tanto quanto mineiro ou carioca, que habita dois dos três maiores e mais ricos colégios eleitorais do país.